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Micoses: 12 dicas para evitar o problema durante o ano todo

micoses

Olá meninas! Quando falamos em saúde das crianças e da família são tantos detalhes para pensar que nem sempre damos atenção para um problema relativamente comum que são as micoses, principalmente na pele, unhas e cabelos.

Na correria do dia a dia, algumas vezes, não lembramos (ou até lembramos, mas a criança não deixa rs rs rs) que é importante secar bem as dobrinhas, entre os dedos do pé, por exemplo, e acabamos colocando a roupa e as meias nos filhos mesmo sem secar direito, o que pode proporcionar um ambiente favorável para os fungos.

Por aqui tenho duas dificuldades com o Serginho. Fazê-lo usar os chinelos no vestiário da academia de natação e conseguir secar direito seus pés e dobras da pele depois do banho (ele não pára quieto!). Você também já passou por isso?

Então, para entendermos mais sobre o assunto, divido com vocês o artigo da nossa querida colunista, a dermatologista Tatiana Aline Steiner, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Com a palavra, Dra. Tatiana:

 Micose, afinal, o que é?

As micoses são lesões causadas por fungos que podem atingir a pele, as unhas e os cabelos. Os fungos estão em toda parte, podendo ser encontrados no solo, em animais e até mesmo na nossa pele, convivendo “pacificamente”, sem causar doença.

A queratina, substância encontrada na superfície cutânea, unhas e cabelos, é o seu “alimento”.

Tipos de micoses

Tinhas
São lesões avermelhadas, com descamação leve, nomeadas de acordo com o local que atingem: tinha capitis (cabelo), tinha corporis (corpo), tinha pedis (pé), tinha cruris (virilha) ou onicomicose (unhas).

Ptiríase versicolor
Micose muito superficial relacionada à oleosidade da pele e, portanto, mais comum em adolescentes. Manifesta-se como lesões arredondadas distribuídas no tórax, no dorso e no pescoço.


Cândida:
É popularmente conhecida nas crianças como “sapinho” e se observam plaquinhas brancas dentro da boca.  No corpo, principalmente na região da virilha e bumbum, são lesões avermelhadas, com bordas bem demarcadas e pequenas lesões arredondadas na margem da área principal.

O que favorecem as micoses

Temperaturas quentes e ambiente úmido propiciam o crescimento e proliferação dos fungos, justificando a sua alta prevalência no verão. A transmissão ocorre por contato direto ou então pela proliferação excessiva daqueles que já vivem no corpo.

Quando a criança está com a imunidade baixa, fazendo uso de antibióticos ou corticoides a longo prazo, por exemplo, há maior facilidade para infecção.

Nas crianças menores, a micose mais comum é o sapinho, causado pela proliferação intensa de fungos que já vivem no organismo, geralmente desencadeada por referida queda na imunidade.

Como diagnosticar

É importante saber que nem toda mancha na pele que coça e descama é micose. As lesões típicas são geralmente áreas de coloração avermelhada, castanha ou esbranquiçada e têm sempre um pouco de descamação. Sua borda é bem evidente, demarcada, com o centro mais claro.

Em casos mais intensos, as placas podem apresentar pequenos pontos de pus. Aparecem em qualquer área da pele, mas são mais frequentes em área de dobras (quente e úmida), como virilha, pescoço e entre os dedos dos pés.

Na maioria das vezes, o diagnóstico da micose é feito pela apresentação clínica e, em situações especiais, é necessário o raspado da lesão: exame micológico direto.

Nesse exame, que é bem simples e feito no consultório, o dermatologista faz uma raspagem suave da pele e pesquisa a presença do fungo no microscópio.

Locais de risco, onde está o perigo?

Muitas vezes, os pais acreditam que a micose seja transmitida dentro da água de piscinas, mas não é o caso. O problema está nas áreas de acumulo de água quente, lugares quentes, úmidos e abafados, como vestiário, borda de piscina e áreas de “lava pés”. Por isso, as infecções são mais comuns no verão, quando há mais gente em locais públicos, como piscinas e vestiários.

Pegou micose. E agora?

A doença costuma aparecer alguns dias depois do contágio e o diagnóstico deve ser feito por um médico, já que o tratamento inadequado pode piorar o quadro, sendo micose ou não. Utilizar remédios e pomadas sem a recomendação médica pode gerar irritação na pele, alastrar a micose para outras regiões e ainda dificultar o diagnóstico.

O tratamento contra a micose é feito com a aplicação de remédios no local infectado ou então por via oral, quando localizada nas unhas ou no couro cabeludo.

Apenas o pediatra ou o dermatologista poderão determinar qual o melhor tratamento, a dose e o período ideal, mas as micoses levam, geralmente, seis semanas para serem curadas.

Durante este tempo, a criança deve evitar piscinas e lugares públicos. Também é importante que os avisem na escola que o pequeno está com micose.

Dicas para evitar micose na pele 

  1. Mantenha as áreas de dobras da pele sempre secas
  2. Dê banho nas crianças após longas atividades físicas
  3. Não deixe sunga ou biquíni por tempo prolongado em contato com o corpo.
  4. Use roupas de algodão, pois elas absorvem melhor o suor
  5. Evite roupas quentes, justas e tecidos sintéticos, principalmente nas roupas de baixo. Prefira sempre tecidos leves e de algodão
  6. Não use objetos pessoais (roupas, calçados, pentes, toalhas, bonés etc) de outras pessoas
  7. Lave os cabelos com shampoo adequado, principalmente após um dia intenso de atividade e quando o cabelo transpirou muito.
  8. Evite contato com animais que estejam com manchas na pele
  9. Lave as mãos com frequência após tocar em animais domésticos
  10. Lave as roupas que foram utilizadas em atividades físicas. Não as reutilize
  11. Evite automedicação e receitas caseiras
  12. Use sandálias ou sapatos em ginásios, vestuários e piscinas. Evite deixar as crianças descalças em pisos constantemente úmidos (lava pés, vestiários etc).

Na época de férias, com direito à praia e piscina, é quando observamos aumento na incidência de micoses. Isso porque neste período aumenta o contato da pele das crianças com terra e areia, que podem abrigar fungos.

Soma-se a isso, o calor e a umidade, causando suor e pele molhada, criando um ambiente que facilita a contaminação e o crescimento dos fungos.

No entanto, durante os meses mais frios é comum o uso constante de meias. Quando os pés não são corretamente secos, ficando úmidos e abafados dentro das meias, cria-se um ambiente propício para a proliferação de fungos. Dessa forma, após o banho, seque bem os pés e entre os dedos das crianças, evitando umidade.

Felizmente, as crianças não são o alvo preferido dos fungos, mas é importante ficarmos atentas à pele das crianças e de toda a família.

Dermatologista Tatiana SteinerCom seu olhar de mãe e médica, a dermatologista Tatiana Aline Steiner participa do blog com conteúdos para ajudar nós, mamães, diante dos desafios da maternidade, como quando nossos pequenos ficam doentes. Tatiana é mãe da Lorena e do Bruno, além de diretora técnica da Clínica DSkin – Unidade de Tratamentos.  Site: www.denisesteiner.com.br

 

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Beijos, da Mamãe Prática Fabi

Foto: Freeimages.com/ Leagun

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