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Como manter nossos filhos longe de gripes e resfriados (+ lidos 2015)

Foto de bebê: como manter nossos filhos longe de gripe e refriados

Bebês e crianças pequenas ficam doentes com muita frequência e a gente sofre junto toda vez que isso acontece, mas algumas dicas podem ajudar a diminuir e minimizar os episódios de gripes e resfriados. Esse post foi o 4º colocado no nosso ranking dos 10 Posts Mais Lidos de 2015. Vale a pena conferir!

Quem tem bebê ou criança pequena sabe como a chegada do do clima mais frio e seco costuma afetar a saúde dos pequenos. Isso porque é nessa época que eles ficam mais suscetíveis à gripes, resfriados e alergias respiratórias. No inverno passado, quando o Serginho tinha acabado de completar um ano, ele pegou uma baita gripe e foram algumas semanas de muita inalação, remédios e higienização nasal.

Pensando nas nossas leitoras mamães de bebês e crianças pequenas, achei legal dividir com vocês as informações e dicas enviadas pra gente pela médica Maura Catafesta das Neves, otorrinolaringologista do Hospital Universitário da USP (Universidade de São Paulo). Segundo ela, crianças com menos de dois anos têm, em médica, seis infecções respiratórias virais por ano (é muito coisa né gente!), enquanto nós, adultos, temos uma média de duas a três infecções respiratórias ao ano.

Frequentar creches e escolas é o principal fator que está associado com o aumento do número de gripes nas crianças, pois elas ficam mais expostas às doenças (não tem muito jeito…). As principais medidas preventivas que são fáceis de serem adotadas e têm grande eficácia na redução dos quadros infecciosos são a higiene das mãos, a vacinação e a lavagem nasal.

A Dra. Maura explicou que a higienização nasal é recomendada porque a região do nariz é uma importante porta de entrada para alérgenos, fungos, bactérias e poluentes, invasores que podem provocar alergias, infecções e resfriados, comprometendo também a qualidade de vida dos pequenos.

Algumas dicas:

  • Com a obstrução das narinas, a passagem do ar torna-se ruidosa e prejudica a respiração, amamentação e o sono.
  • Para os recém-nascidos e os bebês de até dois meses, o recomendável é fazer a higiene do nariz antes de cada mamada.
  • O cloreto de sódio 0,9% é a solução mais indicada para crianças, pois não causa ardência, queimação e irritação.
  • O mais indicado é que os pais optem por soluções livres de conservantes.
  • A higienização nasal não tem contra indicações e pode ser feita pelo menos duas vezes ao dia

Veja mais detalhes da entrevista que fiz com a médica otorrinolaringologista:

O que os pais podem fazer para tentar prevenir que seus filhos fiquem muito doentes (ou minimizar os sintomas)?
Dra. Maura: A prevenção de doenças infeciosas no inverno tem várias dicas. Se considerarmos que o meio de transmissão envolve contato com secreções de pessoas doentes, o simples ato de lavar as mãos é um ótimo meio de prevenção. O uso do álcool gel também ajuda a prevenir essa transmissão, mas ressalto que seu uso age de maneira complementar após a lavagem tradicional com água e sabão, e não de maneira a substituí-la. Outra medida simples, porém muito eficaz e com comprovação científica, é realizar higienização, hidratação e lavagem nasal. A lavagem nasal com solução fisiológica auxilia na remoção de agentes nocivos que são diariamente inalados e ficam presos dentro do nariz. Além disso, auxilia na respiração e ajuda na remoção de secreções que são produzidas no nariz. Com o nariz funcionando bem o sistema de defesa respiratório fica otimizado. No caso de uma infecção se instalar, essas lavagens devem ser intensificadas, pois também já temos estudos científicos comprovando que a limpeza nasal reduz os sintomas e o tempo de duração da doença.

Existe mais alguma dica prática, por exemplo, manter as crianças sempre agasalhadas?
Dra. Maura:
Mudanças bruscas de temperatura facilitam a transmissão de gripes e resfriados. Isso ocorre porque o sistema de defesa respiratório tem que aquecer e filtrar um ar mais frio até que atinja a temperatura do nosso corpo. Dessa maneira, o agasalho ajuda na prevenção de gripes. Porém estaremos sempre mais susceptíveis a desenvolver infecções em ambientes mais frios.

Quais são os erros mais comuns e que acabam expondo as crianças à gripes e resfriados?
Dra. Maura:
Nos meses frios temos a tendência a ficar em ambientes fechados. Esse é o fator principal para a grande transmissibilidade de doenças respiratórias. Além disso, quando não há sintomas nasais, as lavagens são interrompidas. Está comprovado que a higienização nasal diária atua como preventivo para esses quadros. Sugiro ainda uma alimentação balanceada que contenha todos os grupos alimentares, especialmente frutas e legumes (que muitas vezes diminuímos o consumo no inverno).

Por quê é importante levar a criança para tomar a vacina da gripe? Dra. Maura: A vacinação* contra a gripe é fundamental para a prevenção. Ela atua protegendo contra os vírus mais frequentemente associados aos quadros respiratórios altos. Este ano, tivemos dois tipos de vacina: a tetravalente que pode ser administrada a partir dos três anos de idade que contempla dois sorotipos do Influenza A e dois sorotipos do Tipo B e a trivalente que pode ser administrada a partir dos 6 meses de idade e contém dois sorotipos do Influenza A e um do B. A tetravalente está disponível apenas em clinicas particulares. A campanha nos postos de saúde abrangeu a população de seis meses a cinco anos de idade, idosos, trabalhadores da área de saúde, gestantes, mulheres até 45 dias após o parto, portadores de doenças crônicas transmissíveis. Quando recebemos a vacina estendemos a proteção a todos a nossa volta e isso reduz o índice de transmissão da doença. Ao contrário da crença popular, a vacina da gripe é feita com vírus mortos e não tem a capacidade de causar a doença, porém, ela demora até 15 dias para ter seu efeito no sistema imunológico e, por ser administrada já durante o outono, sua eficácia fica reduzida, mas isso não diminui a sua importância.

Meninas, vale lembrar que é sempre importante consultar o pediatra do nosso filho e seguir as orientações médicas, pois cada criança é única e possui seu próprio histórico de saúde. Espero que essas dicas sejam úteis para você e a sua família!

Beijos, da Mamãe Prática Fabi

*Verifique o calendário de vacinação na sua cidade 

Foto: Roberta Jardim

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