Você conversa (ou conversava) com seu bebê durante a gravidez? Confesso que eu falava e cantava pouco para meu filho quando estava grávida. Não sei porque, mas eu não conseguia fazer isso com muita naturalidade (risos). Uma pena porque cada vez mais os estudos mostram que falar com o bebê, ainda no útero, ajuda no desenvolvimento da criança.
Para vocês terem uma ideia, um estudo feito pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com 40 recém-nascidos prematuros mostrou que conversar com o bebê durante a gestação ajuda no desenvolvimento do cérebro, pois essa é uma das maneiras de estimular as habilidades linguísticas.
Quem me enviou essa dica foi o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, que já realizou milhares de partos com musicoterapia. “A voz da mãe e seus batimentos cardíacos são a primeira coisa que o bebê escuta quando está no útero. Quando ela conversa com ele, canta para ele e até quando acaricia a barriga, transmite ao seu filho o seu amor, a sua serenidade e vários hormônios benéficos, que facilitam o seu desenvolvimento completo”, conta o médico.
Segundo Mantelli, a musicoterapia ajuda a moldar a inteligência emocional do bebê que começa a se desenvolver ainda no período da gestação por meio da memória inconsciente e pelas sensações da vida intrauterina, além da inteligência emocional e da memória. “Isso porque a partir das três primeiras semanas de gestação o feto já possui coração e, por meio da memória celular, é capaz de armazenar as emoções vivenciadas pela mãe, boas ou ruins”, explica. Ele também diz que essas emoções são capazes de influenciar diretamente na saúde emocional da criança.
Dessa forma, a musicoterapia favorece o desenvolvimento físico, emocional e intelectual do bebê. Estudos mostram que a área do cérebro encarregada da memória é 10% maior em crianças criadas com afeto e cuidados desde a gestação. E isso tem grande impacto no desenvolvimento posterior já que o hipocampo (região responsável pela memória) pode se desenvolver mais nesses casos. “O aumento do hipocampo comprova fisicamente os efeitos que não podem ser vistos a olho nu como a criação e os valores que os pais proporcionam na educação dos filhos”, conta Mantelli.
Após o nascimento, também é importante continuar conversando com o bebê para estimular o córtex auditório, parte do cérebro responsável pela linguagem. “A criança reconhece a voz dos pais desde o útero. Então, por que não continuar a cantar e a falar com ela depois que nasce? Demonstrar o afeto ajuda a fortalecer os vínculos afetivos e a desenvolver o bebê”, diz o médico.
Queridas, achei muito curioso e bacana saber como a música e a conversa com o bebê, desde a gestação, trazem benefícios para o desenvolvimento dos nossos bebês. Então, aproveite e solte a voz!
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Foto: Estúdio V Fotografia
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Que interessante, o cérebro humano é realmente fascinante, neh?
Não sabia que tinha essa diferença toda do cérebro de um bebe para o adulto
Pois é, super interessante né! Obrigada por passar por aqui, beijos, Fabi