A dica de hoje é para os pais que estão em dúvida se devem ou não dar mesada e para aqueles que ainda têm bebês, mas que planejam se preparar sobre o assunto.
Na visão de Reinaldo Domingos, presidente da DSOP Educação Financeira, além de desenvolver o senso de responsabilidade, a administração de uma mesada pode ensinar o quanto é difícil fazer o dinheiro render quando não se tem controle sobre os próprios impulsos de consumo.
Veja a seguir mais orientações do especialista para os pais colocarem em prática a educação financeira dos filhos.
Quando começar
A partir dos três anos (quando a criança começa a demonstrar desejos próprios) já é o momento de iniciar e analisar a melhor forma de inserir a educação financeira (não a mesada), mostrando o processo de troca do dinheiro por produtos.
Consumo consciente
Por meio de conversas, jogos e brincadeiras, explique para seu filho que nem tudo que ele quer ou assiste na TV é para ele comprar. Estimule-o a refletir e pensar sobre como utilizar dinheiro, priorizando os sonhos. Reserve as datas especiais (como o Natal e aniversário) para dar brinquedo à criança, isso evitará que ela queira tudo o tempo todo.
Como dar mesadas
Quando os jovens já estiverem acostumados com o contato com o dinheiro, defina o limite de dinheiro que essa criança irá administrar e o prazo que receberá (geralmente, semanal ou mensal). A evolução do valor da mesada deve ser gradativa, sempre acompanhada de conversas que mostrem a importância desse dinheiro e porque ele deve ser utilizado com responsabilidade.
Ensine a administrar e poupar
Estimule os jovens a criarem planilhas anotando durante o mês onde vão gastar seu dinheiro, isto fará com que eles analisem melhor e evitem gastos desnecessários e até mesmo eliminem excessos. As sobras para os mais novos podem ser colocadas em cofrinhos, que é um ótimo incentivador para pouparem, sempre lembrando que o dinheiro deverá ter objetivo, para que a criança saiba priorizar sonhos antes de sair gastando.
Não complemente a mesada
Muitas crianças e adolescentes gastam além da conta e passam a recorrer sistematicamente aos pais para conseguir mais dinheiro. Se os pais cedem aos pedidos, não ensinarão a controlar os impulsos, criando a ilusão de que pode gastar sem limites. Quando isso acontece, a mesada perde a sua função.
Não faça relação com o estudo
Não é interessante associar a mesada ao desempenho escolar, pois o estudo deve ser incentivado pela importância que ele terá para a vida das crianças. Uma criança que só estuda para garantir a mesada no fim do mês poderá ter um rendimento muito baixo se, por algum motivo, a família deixar de ter condições de dá-la. Além de limitar o desenvolvimento intelectual a essas metas atingidas.
Beijos, da Mamãe Prática Mari.