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Dermatite de fralda: você sabe o que é? Veja como evitar e tratar!

Dermatite de fralda

Olá meninas, a assadura é um problema comum entre os bebês. Mas você sabia que o nome usado pelos médicos é “dermatite de fralda”? E que podem acontecer algumas variações desse tipo de lesão na pele do bebê?


Para deixar a gente bem informada, a nossa colunista, a dermatologista Tatiana Aline Steiner, conta todos os detalhes sobre as dermatites de fraldas, além, é claro, de explicar como podemos prevenir esse problema. Com a palavra, a Dra. Tatiana, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD):

A dermatite de fralda é provavelmente a lesão de pele mais comum nos recém-nascidos. Embora o termo seja usado para descrever uma inflamação aguda na área da fralda, ela não é um diagnóstico específico de uma lesão, mas sim, uma combinação de fatores.

Pode ocorrer pelo contato prolongado com urina e fezes, maceração da pele (ferida úmida) devido ao calor e umidade intensa e também infecções secundárias por bactérias ou fungos.

Embora a dermatite de fralda possa inicialmente apresentar uma irritação, as erupções podem progredir para infecções secundárias mais graves.

6 tipos mais comuns da dermatite de fralda:

1. Dermatite por atrito (umidade intensa)
Ocorre principalmente por umidade intensa nas áreas das dobras e atrito no local. Pode ocorrer na face interna das coxas, genitália, nádegas e abdome. Manifesta-se com área avermelhada e leve descamação. Esse tipo de dermatite responde rapidamente à higiene adequada e às trocas frequentes das fraldas.

>> Veja também “Troca de fraldas passo a passo”

2. Dermatite irritativa de contato
Pode ser atribuída ao contato com enzimas das fezes e urina, além de compostos químicos irritantes, como sabonetes e loções de limpeza. Outros fatores podem interferir, como calor e excesso de umidade. Esse tipo envolve a região do bumbum, pubiana, perianal, abdome inferior e parte das coxas. A troca frequente da fralda e a higiene apenas com algodão umedecido em água contribuem para melhora do quadro.

3. Candidíase das fraldas
Lesão comum causada pelo fungo Candida albicans e importante causa de alteração de pele nesta região. Deve ser suspeitada quando a irritação na área das fraldas não responder aos tratamentos usuais.

Manifesta-se como eritema vermelho vivo (uma inflamação da pele com uma coloração vermelha intensa), bordas delimitadas e pequenas lesões arredondadas na margem da lesão principal, que às vezes podem se tornar purulentas (lesões com pus). As fezes infectadas representam a principal fonte do fungo na área da fralda.

4. Dermatite seborreica
Apesar de normalmente afetar o couro cabeludo, a dermatite seborreica também pode ocorrer na região das fraldas. Caracteriza-se por descamação gordurosa, vermelhidão e formação de fissuras. Pode se agravar com a transpiração, umidade e o tempo quente.

5. Psoríase
A psoríase na área das fraldas também deve ser considerada em erupções que não respondem às terapias usuais. A presença de alterações nas unhas, placas vermelhas e escamas no tronco, face, axilas, umbigo ou couro cabeludo pode ajudar a confirmar o diagnóstico.

6. Intertrigo
Erupção cutânea comum na área das fraldas, especialmente em clima quente e excesso de roupas. Envolve a área das dobras das coxas e apresenta-se como eritema vermelho vivo, de borda bem delimitada, associada a um líquido amarelado. Pode atingir as axilas e também o pescoço.
Dermatite de fraldaA melhor forma de prevenir a dermatite de fralda é manter a pele do bebê mais seca e limpa possível, além de usar roupas que não apertem. É importante aumentar o fluxo de ar na região da fralda e manter a higiene local.

Como evitar a dermatite de fralda
1. Trocar as fraldas frequentemente, ou seja, nunca deixar muito tempo com urina ou fezes.
2. Usar água morna para limpeza da região (é o ideal).
3. Utilizar lenços umedecidos suaves e próprios para recém-nascidos. Vale notar que muitas crianças podem desenvolver alergia a estes lenços.
4. Depois da limpeza, verificar se a área está seca.
5. Deixar a criança sem fralda durante alguns períodos do dia.
6. Secar o bumbum do bebê com toalha, sem esfregar a região.
7. Não deixar as fraldas apertadas demais.
8. Caso o bebê use fraldas de pano, lavar com cuidado, com detergente neutro e enxaguar bem.
9. Evitar amaciantes, pois eles contêm produtos químicos que podem irritar a pele do bebê.
10. Usar pomadas contra assaduras, conforme orientação médica.
11. Lavar bem as mãos antes e depois da troca de fraldas. Após a troca de fraldas é indicado para evitar que alguma bactéria ou fungo passe para outras partes do corpo do bebê.

É importante consultar o pediatra caso a dermatite de fralda não melhore.

Cremes, unguentos e pó
Estes produtos destinam-se a acalmar a pele inflamada e também criar uma barreira protetora. O ideal são opções com óxido de zinco.
Na hora de usar algum talco, é importante mantê-lo longe do rosto do bebê. Assim, coloque-o em sua mão e, em seguida, aplique na região desejada.

Outra recomendação é não utilizar cremes com corticoides, a não ser que sejam recomendados pelo médico.

É preciso chamar o médico quando:
– Houver febre;
– A erupção piorar ou não responder ao tratamento em dois ou três dias;
– Apresentar sinais de inflamação, pus e pústulas no local;
– Existir sinais de infecção por fungo: erupção avermelhada, bordas bem delimitadas, edemaciadas (“inchadas”), descamativas e pequenas lesões arredondadas (satélites) fora da área da fralda.

Dermatologista Tatiana Steiner
Com seu olhar de mãe e médica, a dermatologista Tatiana Aline Steiner participa do blog com conteúdos para ajudar nós, mamães, diante dos desafios da maternidade, como quando nossos pequenos ficam doentes. Tatiana é mãe da Lorena e do Bruno, além de diretora técnica da Clínica DSkin – Unidade de Tratamentos.  Site: www.denisesteiner.com.br

 

Meninas, espero que este novo post sobre dermatite de fralda seja útil para vocês. Alguém passando por algum desses problemas de pele com seu baby?

Beijos, da Mamãe Prática Mari

Foto/abertura: Sueli Zischler Photography (foto meramente ilustrativa)

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