Já falei algumas vezes aqui no site sobre a importância da amamentação e os benefícios para a saúde das crianças, principalmente pelo aumento da imunidade e a proteção contra doenças, afinal, o leite materno contém anticorpos, fatores imunomoduladores e anti-inflamatórios.
O que pouca gente sabe é que o leite materno também é fonte de um tipo de lipídio, da série ômega-3, chamado DHA (ácido docosahexaenoico).
O bacana é que estudiosos descobriram que essa substância de nome estranho ajuda no desenvolvimento cognitivo e visual das crianças. É o que explica o pediatra e nutrólogo Mário Cícero Falcão, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
“O DHA é um nutriente importante para o desenvolvimento do sistema nervoso e da retina. Já nas primeiras semanas de formação do feto, ele participa da construção dessas estruturas, que continuarão se desenvolvendo durante os primeiros anos de vida,” explica o médico.
É por causa desses benefícios que especialistas têm recomendado que mulheres gestantes ou que amamentam consumam alimentos ricos em DHA.
Você deve estar se perguntando, mas que alimentos são esses? A principal fonte desse nutriente são os peixes marinhos como sardinha, atum, cavala e salmão! Então este é mais um bom motivo para comermos peixe.
Confesso que eu mesma não gosto muito de peixe e, muitas vezes, fico meses sem comer! Mas eu não estou sozinha nesse desinteresse. O consumo anual de peixes é considerado baixo no Brasil, 9 quilos por habitante, enquanto a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 12 quilos por habitante.
E isso reflete nos índices de DHA no organismo das mamães brasileiras. Para ter uma ideia, um estudo publicado no Jornal de Pediatria, da Sociedade Brasileira de Pediatria, analisou o leite materno de moradoras do interior de São Paulo (região de Ribeirão Preto) e revelou que o leite destas mães continha um dos menores teores de DHA do mundo, apenas 0,09%, enquanto a média preconizada pela OMS é de 0,3%.
A OMS também recomenda a ingestão diária de DHA por crianças. “Até os cinco anos de idade o cérebro atinge 85% do seu tamanho final. É nessa fase que a alimentação, os estímulos e o carinho construirão as bases para um desempenho neurológico saudável que se refletirá por toda a vida,” diz Falcão.
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Oi, Fabi! Eu não são a maior fã de peixe, mas meu marido simplesmente odeia. Então nunca faço peixe em casa, só como de vez em quando em restaurante. Agora que to no primeiro trimestre de gravidez to enjoando horrores, e quando penso em peixe sinto que não desce. Mas o bom é que aqui nos Estados Unidos o ácido fólico nunca vem sozinho, é bem difícil encontrar ele puro. Então ele é um complexo vitamínico que tem DHA e todas as vitaminas importantes que você imaginar. A recomendação é que se comece a tomar pouco antes de começar as tentativas de engravidar e continue até o fim da amamentação. Tenho um estoque enorme deles em casa.
Beijos,
Rita
http://melancianabarriga.blogspot.com/
Oi Rita, que bom que você tem essas opções por aí! Confesso que não comi peixe durante minha gravidez e acho que o suplemento que eu tomava não tinha DHA 🙁 não tem jeito, temos que sempre optar por alimentos mais saudáveis, pelo nosso bem e dos nossos filhotes rs rs rs beijos, Fabi
Meninas, há alguma informação concreta sobre a grávida que come peixe cru? Leio histórias sobre; que não pode comer antes dos 3 meses porque dá alegria, que não pode devido ao risco de contaminação por salmonela, mas que pode se comer com wasabi… 🙂 bjs
Oi Jorge! Realmente não se recomenda o consumo de peixes e carnes cruas pela gestante. Isso porque existe o risco de contaminação por parasitas, o que pode causar doenças na mulher e afetar a saúde do bebezinho. Encontrei esse link em que especialistas explicam de forma mais detalhada o assunto: http://bit.ly/SUWlSi
Bjs, Fabi