Mulheres com baixo nível de adiponectina têm mais chances de desenvolver a doença
Um recente estudo publicado na revista Diabetes Care indicou que mulheres com baixos níveis do hormônio adiponectina são mais propensas a desenvolver a diabetes gestacional. A adiponectina é um hormônio proteico que modula processos metabólicos, como a regulação da glicemia e ácidos graxos no organismo.
A boa notícia é que um teste simples (um exame de sangue) para medir os níveis de adiponectina pode ser feito antes mesmo da gravidez. Mas, segundo a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, esse teste ainda não faz parte da lista oficial de exames solicitados pelos médicos para planejamento gestacional. “São necessários mais estudos científicos para comprovar a vantagem [do teste] e assim entrar para essa lista”, afirma a médica, que também é diretora da clínica Gergin, de São Paulo (SP).
Durante a gravidez, cabe ao médico que realiza o pré-natal avaliar os fatores de risco da paciente para desenvolver diabetes, como idade maior que 35 anos, história familiar de diabetes, sobrepeso ou obesidade, sedentarismo e dieta desregrada.
A diabetes gestacional (ou intolerância à glucose durante a gravidez) é comum e pode levar a bebês maiores do que a média, além de complicações no parto. Mulheres com diabetes gestacional são sete vezes mais propensas a desenvolver diabetes tipo 2 e os filhos têm maior risco de se tornarem obesos e de desenvolverem diabetes.
Mais sobre a descoberta
Segundo o estudo, as mulheres com peso normal, mas com baixos níveis de adiponectina, eram 3,5 vezes mais propensas a desenvolver diabetes gestacional do que mulheres de peso normal com níveis normais do hormônio. Além disso, as mulheres obesas com níveis mais baixos desse hormônio eram 6,8 vezes mais propensas a desenvolver diabetes gestacional enquanto aquelas com altos níveis de adiponectina eram 1,7 vezes mais propensas de desenvolver a doença.
De acordo com os investigadores, a relação dos baixos níveis de adiponectina antes da gravidez e o risco de diabetes foi muito grande e ainda maior entre as mulheres com maiores índices de massa corporal (IMC), mesmo após os dados terem sido ajustados para fatores como história familiar de diabetes, etnia, tabagismo, níveis de glucose no sangue e níveis de insulina.
Beijos, da Mamãe Prática Mari.
Nós não fizemos nenhum exame antes da gravidez, mas deveríamos haver feito. Um controle antecipado para gerar a um filho é essecial. Esse exame que vc comenta de adiponectina eu não conhecia, mas se eu souber de alguém que pretente engravidar, vou recomendá-lo.