Com a proximidade dos meses mais quentes do ano, a gente aproveita para passear mais ao ar livre, curtir a família e viajar para praia ou campo, não é? Mas quando chega essa época também ficamos mais preocupadas com os insetos, pernilongos e mosquitos que podem provocar reações alérgicas e transmitir doenças. Esse é o caso do mosquito Aedes aegypti, vetor de doenças graves como a dengue, a febre amarela, a febre zika e a chikungunya.
Pensando nisso, achei bacana trazer um post para vocês sobre repelente infantil. Antes de tudo, vale dizer que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) vem alertando sobre os cuidados com o uso exagerado de repelentes em crianças. Ao escolher o produto, é importante ler o rótulo para entender qual é a substância, sua eficácia e tempo de proteção.
No Brasil, a ANVISA autoriza a utilização de repelentes infantis sintéticos ou naturais. O problema dos repelentes naturais é que estes são altamente voláteis e seu efeito tem curta duração, além de não garantirem proteção adequada contra o Aedes aegypti. A citronela e a andiroba, por exemplo, não têm contraindicações (exceto irritações na pele), mas não possuem eficácia comprovada.
Bebês
Repelentes não são indicados para bebês menores de seis meses. Nesse caso, o ideal é tentar protegê-los com roupas, além de mosquiteiros, telas nas janelas e portas. Também não se indica o uso de repelentes elétricos com produtos químicos (aqueles de colocar na tomada) no ambiente aonde estiver o bebê. Em geral, a SBD recomenda que o uso de repelentes seja evitado nas crianças menores de 2 anos, sendo utilizados apenas em situações especiais, com orientação e acompanhamento médico.
Substâncias
Esses são os princípios ativos dos repelentes encontrados no mercado:
Substância | Idade recomendada | Período de proteção |
Icaridina (KB3023) | Para crianças a partir de 2 anos de idade em concentração de até 25% . Eficácia contra o Aedes aegypti é de 1,1 a 2,0 vezes mais potente do que os repelentes contendo DEET. | Concentração de 10% confere proteção por período de 3 a 5 horas. Já a concentração de 20% protege de 8 a 10 horas.
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DEET (dietiltoluamida) | Crianças de 6 meses a 12 anos podem utilizar em concentração máxima de 10%, sendo que não deve ser aplicado mais que 3 vezes ao dia. | Versões infantis 6-9% protegem por 2 horas. |
IR 3535 | Para crianças acima de 6 meses em concentração de até 30%. | Em concentração de 20%, é eficaz por um período de 4 a 6 horas, inclusive contra o Aedes aegypti. |
Fontes: OMS e SBD
Antes de escolher qual repelente comprar, vale dar uma olhada nessa tabela comparativa que preparei com as principais opções disponíveis no mercado. Veja só:
Marca | Idade recomendada/ tempo de proteção/ substância |
Exposis Infantil | – A partir de 2 anos – 10 horas de proteção – Icaridina com 25% de concentração |
Exposis Gel | – A partir de 2 anos – 10 horas de proteção – Icaridina com 20% de concentração |
Loção Antimosquito JOHNSON’S baby | – A partir de 6 meses – 4 horas de proteção – IR 3535 com 12,5% de concentração |
OFF! Kids | – A partir de 2 anos – 2 horas de proteção – DEET com 7,1% de concentração |
OFF! Family | – A partir de 2 anos – 2 horas de proteção – DEET com 7,1% de concentração |
OFF! Refresh | – A partir de 12 anos – 5 horas de proteção – DEET com 15% de concentração |
OFF! Family Aerossol | – A partir de 12 anos – 6 horas de proteção – DEET com 15% de concentração |
Repelex Kids | – A partir de 2 anos – 2 horas de proteção – DEET com 7,5% de concentração |
Super Repelex | – A partir de 12 anos – 6 horas de proteção – DEET com 14,5% de concentração |
Fonte: fabricantes
Mais dicas para proteger as crianças
- Procure vestir roupas brancas nas crianças, pois roupas coloridas atraem os insetos, assim como perfumes.
- Os dispositivos ultrassônicos e os elétricos luminosos com luz azul são ineficazes.
- Não se deve utilizar produtos combinados com filtros solares, pois eles costumam ser reaplicados com uma frequência maior.
- Os repelentes não devem ser aplicados mais do que três vezes ao dia nas crianças.
- Suor atrai os insetos.
- Não deixe seu filho dormir com repelente no corpo. Dê banho antes.
- Leia o rótulo antes de aplicar o produto e conserve-o para consulta.
- Mantenha os repelentes fora do alcance de crianças e não permita sua auto-aplicação.
- Evite o uso próximo a mucosas (boca, nariz, olhos, genitais) ou em pele irritada ou ferida. Para uso no rosto, primeiro aplique o produto nas mãos e então espalhe com cuidado.
- Evite aplicar o repelente nas mãos das crianças e por baixo das roupas. Sempre lave as mãos após aplicar o produto.
- Use quantidade suficiente para recobrir a pele exposta e evite reaplicações frequentes.
- Se suspeitar de qualquer reação adversa ou intoxicação, lave a área exposta e entre em contato com o serviço de intoxicação. Se necessário, procure serviço médico e leve consigo a embalagem do repelente.
- Escolha produtos aprovados pelo Ministério da Saúde e/ou Anvisa, pois garantem que o produto seja eficaz e seguro.
Com informação fica mais fácil a gente proteger nossos pequenos, não é? Agora é aproveitar os passeios e o calor!
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Fonte: SBD, fabricantes consultados
Foto abertura: Sueli Zischler
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