Exame revela muito, mas muito mais do que o rostinho bonito do seu filho
Quando eu estava grávida, uma das minhas maiores alegrias era fazer o ultrassom (ou, como chamam aqui em Curitiba, a “ecografia”). Eu ficava contando os dias pra ver a Manu, desde o primeiro ultrassom … E como o bebê muda muito de um exame para o outro, imagine a minha ansiedade para saber qual era o peso, as medidas e o que mais eu pudesse saber sobre a Manuela!
Gostei muito deste texto da Ana Lis Soares, da Pais & Filhos, sobre esse momento tão importante para as gestantes. Ela entrevistou médicos sobre o assunto e conta pra gente todos os detalhes sobre esse exame que, mais do que satisfazer a curiosidade dos pais, tem muitas outras funções. Com a palavra, a Ana Lis:
Tum-tum, tum-tum, tum-tum. Que mãe nunca se emocionou ao ouvir e ver as batidas do coração de seu filho pela primeira vez? Esse “encontro”, logo no início da gestação, só é possível graças ao ultrassom, diminutivo de ultrassonografia, exame que exibe a imagem do bebê dentro da barriga e marca um dos momentos mais emocionantes na vida de mães e pais grávidos. Mais importante ainda é poder acompanhar o desenvolvimento do bebê durante os nove meses. E, claro, descobrir se é menino ou menina, uma das maiores curiosidades da maioria dos pais. O dia de fazer o ultrassom vira um verdadeiro evento, afinal é a hora marcada de ver o bebê ali, ao vivo. “É realmente um momento mágico, porque a visão é um dos principais sentidos. No primeiro exame, muitos pais definitivamente se consideram grávidos”, comenta a ginecologista e obstetra Bárbara Murayama, mãe do Pedro. Tudo isso é lindo, mas a importância do ultrassom vai além. “O principal objetivo do exame é acompanhar a formação e a evolução das funções dos órgãos do feto”, explica Wellington Venâncio de Andrade, ginecologista e obstetra da Santa Casa de Misericórdia de Passos (MG) e pai do Raphael e da Giovana.
O sexo do bebê
A espera para saber se é menino ou menina pode durar mais de três meses. Isso porque, pelo ultrassom, só é possível descobrir o sexo com certeza a partir da 15ª semana. “Mas muitas mães nem esperam mais e fazem o exame de sangue que identifica o sexo do bebê desde a 8ª semana”, explica Mário Burlacchini, médico especialista em Medicina Fetal do Laboratório Fleury e pai do Augusto e do Leonardo.
Quando fazer
A frequência da realização dos exames depende da indicação do obstetra, do tipo de gravidez (mães com quadro de risco realizarão o exame mais vezes do que as outras) e da facilidade de acesso ao aparelho (o exame pode ser realizado em laboratórios especializados, em hospitais ou no consultório médico). Mário Burlacchini, médico especialista em Medicina Fetal do Laboratório Fleury, indica quatro exames ao longo da gestação (veja abaixo):
7ª ou 8ª semana
Determina a idade gestacional e se a gestação está se desenvolvendo dentro do útero
De 11 a 14 semanas
Examina as estruturas fetais e indica o risco de o bebê ter alguma síndrome, como a de Down
De 18 a 24 semanas
Analisa o feto da cabeça aos pés e o fluxo de sangue das artérias da mãe para a placenta
Depois da 34ª semana
Avalia o crescimento do feto, as condições da placenta e a quantidade de líquido amniótico
O que o médico tanto anota?
O especialista Mário Burlacchini conta que tem o hábito de explicar às grávidas o que escreve, especialmente nos ultrassons morfológicos: “Medimos a cabeça, a circunferência da cabeça, a circunferência abdominal, os ossos, as estruturas cerebrais, tudo! É preciso ver se está tudo de acordo com o esperado”.
Não tente traduzir o laudo técnico, essa é uma tarefa do seu médico.
Tipos de ultrassom
O ultrassom pode ser morfológico e obstétrico. O morfológico revela detalhes da formação dos órgãos do bebê, tamanho dos ossos e detecta várias malformações, síndromes e doenças congênitas. “O primeiro ultrassom deve ser feito em torno da 7ª ou 8ª semana e, normalmente, via transvaginal, porque facilita a visualização do útero e dos ovários. É nessa fase que o médico verifica o tipo de gestação (única ou múltipla), a idade gestacional (quantas semanas o bebê tem) e consegue descartar, por exemplo, a gestação ectópica (ela acontece quando o embrião se desenvolve fora do útero, como nas trompas)”, explica Bárbara Murayama. Depois, esse mesmo tipo de exame é repetido a cada trimestre da gestação. A ultrassonografia obstétrica é mais comum e é feita várias vezes durante a gravidez para confirmar o número de semanas da gestação, a posição e o peso do feto e a evolução da placenta.
Existe ainda o ultrassom com Doppler, que avalia o fluxo de sangue do feto e da mãe para o bebê, para saber se ele está sendo nutrido da forma adequada. “É especialmente indicado para mães diabéticas, hipertensas ou com gravidez de risco”, conta o médico Mário Burlacchini.
Bocejo e língua de fora!
Para ver mesmo a carinha do bebê em detalhes incríveis é preciso fazer um ultrassom em 3D ou 4D. A noção de profundidade dessas tecnologias torna a imagem muito mais nítida, e você consegue observar a pele, o formato do nariz e da boca e até flagrar um bocejo ou a língua de fora. Impressionante! Os pais adoram fazer esse tipo de exame para guardar as fotos. No último trimestre, as feições e os contornos do feto ficam ainda mais visíveis. O 3D mostra imagens em três dimensões, assim como nos filmes, e o 4D revela as mesmas imagens em movimento.
Hoje, esses tipos de exames funcionam mais como auxiliares, fornecendo informações complementares para os médicos. Alguns diagnósticos só são possíveis através dos aparelhos mais modernos, como o volume de órgãos e características do coração do bebê. Com as tecnologias 3D e 4D, as malformações são detectadas mais cedo – desde a 8ª semana – e com mais precisão. E ainda permitem ao médico controlar os efeitos no bebê de doenças da mãe, como diabetes e hipertensão arterial. “O 3D e o 4D só são realizados se o médico suspeitar de algo e quiser complementar os resultados obtidos anteriormente. Não há dúvida de que os recursos básicos dos aparelhos novos são melhores”, explica Mário.
Há algum tempo, as pessoas temiam que as ondas do aparelho causassem o aumento descontrolado da temperatura da placenta, podendo prejudicar a saúde da mãe e do filho. No entanto, o calor gerado pelos novos aparelhos está abaixo do que poderia ser considerado um risco.
Amigas, vejam outros textos da Pais & Filhos para as gestantes no SOS Grávida.
Que engraçado, hoje também falei do ultrassom que fizemos. Aqui em Lima também se diz ecografia. Muito bacana e parabéns por explicar tudinho, Mariana.
Obrigada Jorge!!
Sem contar que a gente fica contando os dias entre um ultrassom e outro! É muita ansiedade!!!
É verdade Camila e parece que os dias demoraram para passar para vermos a carinha deles de novo! Bjs Fabi e Mari
Que texto legal. Estava na dúvida em fazer uma ultra em 4D, agora tenho certeza que preciso fazer uma rsrsrrsrs
Contando os dias para mais uma ultra.
Olá Ediane! Que legal! Eu também contava os dias para fazer o ultrassom! É sempre emocionante! Que bom que nosso post te ajudou! Beijo grande, Mamãe Prática Mari. Continue por aqui 🙂
Vou fazer com 27 semanas 3D vou ver ele melhor