Com as notícias recentes sobre os casos de sarampo no Brasil, especialmente na região Norte do país, surge a dúvida se a nossa família está protegida contra a doença e quem precisa ser vacinado.
Pensando nisso, reuni nesse post algumas informações sobre a doença e o esquema de vacinação. Verifiquei que as crianças tomam a primeira dose da vacina ao completarem 1 ano (tríplice viral) e a segunda dose com 1 ano e 3 meses (tetra viral). Gestantes não podem ser vacinadas.
O que é
O sarampo é uma doença infecciosa aguda grave, muito contagiosa, causada por vírus e transmitida pela fala, tosse e espirro, mas que pode ser prevenida pela vacina. Pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.
Sinais e sintomas do sarampo
- Febre alta, acima de 38,5°C
- Dor de cabeça
- Manchas vermelhas, que surgem primeiro no rosto e atrás das orelhas, se espalhando pelo corpo
- Tosse
- Coriza
- Conjuntivite
- Manchas brancas que aparecem na mucosa bucal conhecida como sinal de koplik, que antecede de 1 a 2 dias antes do aparecimento das manchas vermelhas
Transmissão
Ocorre de forma direta, por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar, falar ou respirar. Por isso, a doença é tão contagiosa. A transmissão ocorre de quatro a seis dias antes e até quatro dias após o aparecimento das manchas vermelhas.
O período de maior transmissão ocorre dois dias antes e dois dias após o início das manchas na pele.
Período de infecção
Dura cerca de sete dias com febre acompanhada por tosse seca, coriza, conjuntivite e fotofobia. Do 2° ao 4° dia desse período, surgem as manchas vermelhas, quando se acentuam os sintomas iniciais.
O paciente com sarampo apresenta prostração e lesões características de sarampo: irritação na pele com manchas vermelhas, iniciando atrás da orelha.
Prevenção
A única maneira de prevenir o sarampo é a vacinação.
– Crianças de 12 meses a menores de 5 anos de idade: uma dose aos 12 meses (tríplice viral – sarampo, rubéola e caxumba) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral – sarampo, rubéola, caxumba e varicela).
– Crianças de 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice
– Adolescentes e adultos até 49 anos:
Pessoas de 10 a 29 anos – duas doses das vacina tríplice
Pessoas de 30 a 49 anos – uma dose da vacina tríplice viral
Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa etária, não precisa receber a vacina novamente.
Se não tiver comprovação de vacinação prévia, há necessidade de se vacinar. Não há risco para a saúde caso já tenha se vacinado anteriormente.
Quem NÃO deve receber a vacina:
- Menores de 6 meses de idade
- Gestantes
Devem esperar para serem vacinadas após o parto. Caso esteja planejando engravidar, assegure-se que você está protegida. Um exame de sangue pode dizer se você já está imune à doença. Se não estiver, deve ser vacinada um mês, antes da gravidez. Espere pelo menos quatro semanas antes de engravidar. - Casos suspeitos de sarampo
- Imunocomprometidos ( pacientes que têm os mecanismos normais de defesa contra infecção comprometidos, por exemplo, HIV positivos, pessoas com câncer ou outras doenças que afetam o sistema imunológico)
Tratamento
Não existe um tratamento específico para a doença. No caso das crianças, recomenda-se a administração da vitamina A para reduzir a ocorrência de casos graves e fatais. O tratamento com antibiótico é contraindicado.
Para os casos sem complicação, manter a hidratação, o suporte nutricional e baixar a febre. Muitas crianças necessitam de quatro a oito semanas para recuperar o estado nutricional que apresentavam antes do sarampo.
Vacina x reações alérgicas
Embora seja raro, qualquer componente da vacina pode causar reações alérgicas em indivíduos predispostos.
A vacina contém as seguintes substâncias potencialmente alergênicas: albumina humana, sulfato de neomicina (antibiótico), gelatina, traços de proteína do ovo de galinha usado no processo de fabricação da vacina. No Brasil, uma das vacinas utilizadas na rede pública contém traços de lactoalbumina (proteína do leite de vaca).
A maioria das pessoas com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral.
Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco baixíssimo de reações anafiláticas. Os testes cutâneos com a vacina não são recomendados.
No entanto, é indicado que estas pessoas, por precaução, sejam vacinadas em locais que ofereçam condições de atendimento de anafilaxia. Crianças com alergia grave ao leite de vaca (reações imediatas como anafilaxia) não devem receber a vacina tríplice viral, pois esta contém lactoalbumina.
Espero que essas informações tenha te ajudado a entender melhor sobre o sarampo e a forma de prevenção.
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Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Foto: Archivo El Grafico
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Fontes: Ministério da Saúde e ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia)