Olá meninas!
Há alguns anos, eu descobri que eu tenho alergia a gatos e cães e tive que dar o meu gato … esse persa amarelo na foto (no final do post), lindoooo! Mas levou três anos para eu tomar coragem! Realmente, depois que o Bóris (sim, esse é o dele kkk) foi morar com a minha sogra, as minhas crises de rinite e asma praticamente diminuíram. Sim, a alergia a gatos e cães pode ser um grande problema, principalmente quando não se sabia, antes de ter o bichinho, que você ou seu filho tinha alergia a gatos e cães. E aí vem a angústia de dar ou não o animalzinho, que já se tornou membro da família.
Por isso, meninas, antes de cederem aos desejos de seu filho que pede um pet, fica a dica para vocês conferirem as dicas da nossa colunista, a pediatra Jaqueline Toscano, especializada em Alergia e Imunologia e autora do perfil @alergiacomdrajaque, no Instagram. Com a palavra, a querida Dra. Jaque:
Quando se fala em alergia a animais (como alergia a gatos e cães), muitos associam a causa do problema aos pelos ou às penas, mas isso não é totalmente verdade. O maior vilão desse problema é o grande aumento de ácaros no ambiente causado pela presença dos bichos.
Isso ocorre porque, além de pelos, eles soltam muita pele. Mas e o que isso tem a ver com a piora da sua alergia? Simples: o ácaro, que se alimenta desses fragmentos, procria aceleradamente. Assim, apenas 5% das alergias aos animais têm relação com o pelo em si.
Crianças que têm rinite podem ou não ser alérgicas aos pets. O diagnóstico pode ser feito por meio de testes específicos na pele e no sangue ou pode também ser feito pela história clínica contada pelos pais de piora da rinite quando em contato com o animal.
“Crianças que têm rinite podem ou não ser alérgicas aos pets”
A alergia a gatos, especificamente, pode ter outra causa além das já citadas, neste caso, a causa pode estar na saliva. Como ele se lambe muito, as partículas alergênicas presentes em sua saliva ficam impregnadas na pele e no pelo, provocando reações alérgicas nas pessoas que são sensíveis.
Para que os sintomas se manifestem, não é preciso contato direto com o bicho. Um encontro com pessoas que tenham contato com ele já pode ser suficiente!
Entre os sintomas, podem ocorrer alergia na pele, congestão nasal, coceira, espirros, coriza, rinite, asma e conjuntivite. Há também a possibilidade, embora rara, de desencadear anafilaxia e até choque anafilático. Daí a importância de procurar um especialista!
Quem tem predisposição a desenvolver esse tipo de alergia pode passar a ter sintomas ao passar do tempo com contato com esses bichos. Porém, alguns estudos mostraram que crianças com menos de 1 ano de idade, que tiveram contato com cães dentro de casa, diminuíram em 50% as chances de desenvolver a alergia a estes animais na idade adulta.
Ao ler esses esclarecimentos, os donos alérgicos de bichinhos devem estar pensando… E agora? O que vou fazer para conviver com ele? E isso causa uma certa angústia em ter que dar o animal de estimação. Deve-se, antes de tudo, verificar a gravidade do problema e tomar algumas medidas preventivas. São elas:
O que fazer se seu filho ou você tem alergia a gatos e cães:
– Procure dar banho no bichinho pelo menos uma vez por semana;
– Evite que esses animais fiquem nas áreas comuns da residência, principalmente nos quartos e em cima da cama;
– Procure higienizar a casa diariamente;
– Evite contato muito íntimo com eles;
– Evite levar mãos aos olhos e nariz enquanto está brincando com eles;
– Lave bem as mãos após pegar nos pets.
Se seu filho pedir um pet, leve em conta:
1. A alergia aos animais: se a criança não tiver história desse tipo de alergia, a chance de ela desenvolvê-la é menor. Mas se ela já possuir qualquer outro tipo de alergia, ela pode sim desenvolver alergia aos pets.
2. O contato prolongado: você pode levar a criança para fazer um teste para verificar se é alérgica a cães e gatos, mas o resultado negativo não afasta a possibilidade de seu filho desenvolver a alergia se tiver um contato diário com esses animais.
3. A alergia aos ácaros: se a criança tiver alergia à poeira, o bicho de estimação pode piorar a alergia dele (que pode não ser aos pelos, mas aos ácaros que proliferam a partir da descamação da pele do animal). Neste caso, o ideal é não ceder ao desejo do seu filho e explicar da melhor maneira possível o motivo de não ter um pet.
Infelizmente, a opção de escolha por gatos ou cachorros de pelos mais curtos não influencia no desenvolvimento da alergia aos pets, já que a principal causa é a descamação da pele e não propriamente o pelo em si.
A pediatra Jaqueline Toscano, autora do perfil @alergiacomdrajaque no Instagram, conta que sempre foi apaixonada por crianças e com 12 anos já decidiu o que eu queria ser quando crescer: pediatra! Também especializada em Alergia e Imunologia, ela diz que é muito gratificante ajudar as crianças com imunodeficiência e acredita que os pais têm papel fundamental na melhoria da vida de seus filhos alérgicos. Por isso, aqui no blog, ela vai ajudar nós, mães e pais, a cuidarmos melhor de nossos filhos, sejam eles alérgicos ou não.
Meninas, espero que este texto ajude vocês que têm ou não filhos alérgicos. O Bóris mora agora com meus queridos cunhados. Que bom, né? Assim eu posso vê-lo de vez em quando 🙂 Espero que vocês tenham gostado deste artigo com dicas sobre alergia a animais, como a gatos e cães.
Além de alergia a gatos e cães, qual tema você gostaria de ver aqui na coluna da Dra. Jaque? Conte pra gente enviando um e-mail para contato@mamaepratica.com.br
Beijos, da Mamãe Prática Mari
Foto abertura: Estúdio Lidi Lopez
Foto Bóris: blog Mamãe Prática
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