Mãe é um bichinho curioso. Parece ter quatro olhos, dez braços e 10 mil preocupações. Já os pais, mesmo os mais preocupados e participativos, não são assim. Talvez esse comportamento tenha relação com a história e cultura de quando a divisão de tarefas era mais padrão e as mães cuidavam dos filhos e os pais arcavam com as despesas da casa. Então, é a mãe que se preocupa se o uniforme está lavado e passado, que horas precisa dar o remédio e quando é hora de cortar o cabelo ou comprar novas roupas, pois seu pequeno está crescendo.
E é nessa mesma toada que são as mães as mais angustiadas com a aquisição de fala de seus filhos. Quando chegam ao meu consultório, em geral, são elas que trazem a queixa. Mesmo quando o pai concorda, em geral, é no tom de: “Será? Talvez ele ainda se desenvolva sem ajuda…”.