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12 motivos para você brincar mais com seu filho

Brincar: criança brincando

Quem aí já tem uma criança que adora brincar? Um pequeno ou pequena que vive brincando e não quer parar de brincar nem pra comer? Segundo Priscila Cruz, fundadora e presidente-executiva do movimento Todos Pela Educação, brincar não é brincadeira.

“É parte fundamental do desenvolvimento da criança. É tão importante que é instintivo, como querer andar”, explica Priscila que também cita diversas evidências da importância do brincar (veja abaixo).

12 motivos para você brincar mais com seu filho

1. Crianças que brincam mais na pré-escola têm melhores notas ao longo do percurso escolar.
2. Crianças que brincam mais aprendem a perseverar, a controlar a atenção (foco) e a dominar as emoções.
3. Uma vida adulta feliz é propiciada principalmente pela saúde emocional que temos na infância. Em seguida, pelo comportamento social, e só depois pelo desempenho acadêmico.
4. Brincar estimula o crescimento dos nervos da amígdala (emoções), promove o desenvolvimento do córtex pré-frontal (cognição) e da maturidade emocional e aumenta a capacidade de decisão. E ainda:
5. Aumenta a autopercepção, a autoestima e o autorrespeito.
6. Melhora e mantém a saúde física e mental.
7. Dá a oportunidade de se socializar com crianças diferentes.
8. Promove a criatividade, a imaginação e a independência.
9. Constrói resiliência por meio do enfrentamento dos riscos e desafios e da necessidade de solucionar problemas e de lidar com o novo.
10. Dá a oportunidade de aprender a conhecer o ambiente e a comunidade.
11. Previne acidentes: quanto mais eu brinco, menos me machuco.
12. Brincar com seu filho faz com que ele aprenda mais.

A evidência número 12 – Brincar com seu filho faz com que ele aprenda mais – foi revelada em um estudo divulgado recentemente no New York Times.

Priscila cita um artigo de Paul Tough, jornalista e escritor canadense, sobre o assunto. “Experiências realizadas com grupos de crianças em situação de pobreza, com acompanhamento de especialistas – e ele [Paul Tough] cita três neste artigo –, comprovam que as crianças que receberam mais atenção e tiveram mais tempo e oportunidades de interagir e brincar com seus pais ou responsáveis apresentaram melhor aprendizado, tanto em conteúdo didático (português, matemática, etc.) como no desenvolvimento das chamadas habilidades socioemocionais”, comenta.

As crianças que brincaram mais com seus pais tiveram melhores resultados em testes de Q.I., menor agressividade e maior autocontrole.

Mas não é qualquer interação que causa esse impacto positivo, já que é preciso uma interação de qualidade. “Por isso, nesses experimentos que Paul relata houve intervenção de tutores que orientaram os pais e responsáveis sobre como tornar esses momentos juntos melhores ainda. Algumas das dicas foram: passar mais tempo brincando ativamente com os filhos; ler livros (podem ser só de imagens); cantar; brincar de esconde-esconde”, explica Priscila.

E segundo a pediatra Ana Maria Escobar, a criança que brinca é a criança que consegue desenvolver a sua imaginação porque o brincar promove todas essas conexões nos neurônios.

Dra. Ana Maria Escobar orienta: “No período de dois e três anos de idade, o mais importante que devemos fazer como pais e cuidadores é educar com limites, dar aconchego e limites, além de deixar a criança brincar.”

Beijos, da Mamãe Prática Mari

Foto: freeimages.com/Valdas Zajanckauskas

O Mamãe Prática faz parte da rede de blogs embaixadores do movimento Todos pela Educação. Informações de Priscila Cruz reproduzidas com autorização. Acesse: www.todospelaeducacao.org.br

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Filhos gêmeos: como educá-los ajudando cada um a criar a sua própria identidade

Filhos gêmeos: como educá-los

Quem aí tem filhos gêmeos ou gostaria de ter? Eu e a Fabi somos gêmeas, mas não tivemos filhos gêmeos . Ser gêmea, pra mim, é algo muito especial (eu acredito sim que existe uma conexão especial entre os irmãos gêmeos).  Por isso, super me identifiquei com este novo artigo da psicóloga infantil Ana Flávia Fernandes, nossa querida colunista. Com a palavra, a Ana Flávia:

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Criança tímida e com dificuldade de fazer amigos: psicóloga ensina o que fazer

criança tímida

Algumas crianças têm mais dificuldade em fazer amigos que outras, e isto é fato. Mas até quando a timidez é normal e quando ela passa a ser um problema? Com qual idade devemos nos preocupar?

Para ajudar as famílias que têm essa preocupação, pedimos para a psicóloga infantil Ana Flávia Fernandes escrever sobre este tema em sua coluna aqui no site. Confira:

Criança tímida e com dificuldade de fazer amigos

Essa é uma preocupação relevante e é muito valioso os pais que observam os filhos, mesmo na correria do dia a dia. Fazer amigos é uma habilidade muito importante para o desenvolvimento das crianças, mas a aceitação da criança por outras de mesma idade é bastante influenciada pelo tipo de relação que ela tem com a sua família, pela relação entre os pais e pelo comportamento da própria criança.

“A aceitação da criança por outras de mesma idade é bastante influenciada pelo tipo de relação que ela tem com a sua família, pela relação entre os pais e pelo comportamento da própria criança”

É na primeira relação com os pais que o bebê vai estabelecendo o senso de confiança básica para desenvolver suas relações futuras. Os pais que conseguem identificar as necessidades e posteriormente os estados emocionais do filho o ajudam a ir reconhecendo as suas próprias sensações, necessidades e limites.

A criança que recebe esse cuidado, que é atendida em suas necessidades primordiais com segurança e recebe limites necessários vai desenvolvendo um sentimento de confiança dentro e fora dela. Assim, ela terá mais condições de compreender e ser empática em relação ao que acontece com ela.

Até os 2 anos, a criança vive a fase do egocentrismo, momento em que direciona sua atenção para explorar os objetos, então, é natural que tenha pouca interação social.

Por volta dos 3 anos, ela começa a imitar as brincadeiras e ter mais interesse em interagir com as pessoas para se sentir pertencente ao grupo. Com aproximadamente 4 anos, ela terá maior capacidade para compreender o dar e receber, o cooperar, emprestar, trocar e compartilhar.

Aquelas crianças que têm uma atitude mais introvertida, tímida ou retraída se preocupam excessivamente com a opinião dos outros e por isso acabam se colocando em uma posição de inferioridade, o que dificulta ainda mais sua capacidade de se relacionar.

A criança que inicia na escola com essa segurança básica sobre suas capacidades e dificuldades estará mais preparada para criar novos vínculos, novas trocas sociais e assumir sua individualidade no grupo. Aos poucos, inicia sua identificação com outras crianças, percebendo semelhanças e diferenças entre elas.

Nesse contexto, consegue praticar sua capacidade de se expressar com os amigos e respeitá-los em sua individualidade também.

Porém, muitas crianças acabam se comportando como os pais, que também não criam laços ou não mantêm amizades, não recebem e nem fazem muita visita e, por isso, acabam se isolando ou fazendo coisas somente em família.

“Muitas crianças acabam se comportando como os pais, que também não criam laços ou não mantêm amizades, não recebem e nem fazem muita visita”

É por meio da socialização, da relação que têm com outras crianças que os pequenos vão se diferenciando, reconhecendo-se e construindo a sua identidade.

Essa habilidade vai sendo construída desde a infância: a base começa com a família, onde acontecem as primeiras trocas sociais, e depois na escola, no parquinho, no clube, na igreja e etc.

O nosso desafio é ajudar na construção desses vínculos, ampliar as possibilidades da criança aprender a criar uma conexão de segurança com outras pessoas. Incentivar encontros com as crianças do prédio, da escola ou do clube são sempre grandes oportunidades.

A conexão acontece mais facilmente quando chamamos os amigos para a nossa casa, lugar de total segurança para a criança. Quando abrimos este espaço, ensinando os pequenos a cuidarem das amizades, geralmente encontramos crianças mais abertas para o novo e para o outro, construindo uma relação, aprendendo a diversidade, o conviver e o respeito.

“A conexão acontece mais facilmente quando chamamos os amigos para a nossa casa, lugar de total segurança para a criança”

psicóloga infantil Ana Flavia FernandesPsicóloga Infantil com especialização em Psicodrama, Ana Flávia Fernandes atende as crianças e suas famílias há muitos anos. “Para cuidar bem dos pequenos, também é preciso cuidar dos adultos a sua volta”, explica. Muito querida e atenciosa, ela também nos brinda com a sua sabedoria e experiência clínica no blog Terapia de Criança.

Beijos, da Mamãe Prática Mari

Foto: freeimages.com/Liz Allen

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A primeira vez na escola: como ajudar seu filho

Já passei com a minha filha Manuela três longas adaptações em escolinhas e no meu caso todas foram difíceis. Por isso, enquanto lia este artigo da nossa colunista, a psicóloga infantil Ana Flávia Fernandes, eu ia relembrando cada fase que passamos juntas, eu e a minha pequena Manu.

Gostei muito da reflexão da Ana Flávia! Com a palavra, a nossa querida colunista:

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Criança que bate: como agir quando seu filho é agressivo com você

criança que bate

É mais comum do que a gente imagina ver pais e filhos em um “duelo” difícil, em momentos de raiva, em que geralmente a criança contrariada fica muito brava a ponto de gritar e até bater no seu pai ou na sua mãe. Como agir com a criança que bate é um tema controverso.

Mas, independentemente se você acredita em castigos ou palmadas, sugiro a leitura deste texto, uma tradução livre do texto original em inglês do site www.ahaparenting.com.

O artigo a seguir é apresentado pela nossa colunista, a psicóloga infantil Ana Flávia Fernandes.

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