Olá meninas! O tema desse post é falta de apetite, ou seja, aquele momento em que seu filho se recusa (de todas as formas) a comer. Você já passou por isso aí na sua casa? Nesse post vou explicar quais são as principais causas da perda de apetite nas crianças e o que podemos fazer para melhorar essa situação.
Vou te contar que por aqui a fase da introdução alimentar, após os seis meses, foi bem tranquila e continuou assim até por volta dos dois anos. Serginho adorava as sopinhas salgadas e papinhas de frutas, e quando passou a fazer as mesmas refeições da família mandava ver nas pratadas de arroz, feijão, legumes, carnes, macarrão e até salada. Só que…
Depois de um tempo ele começou a dizer não para vários alimentos e a se recusar a experimentar novos. Até mesmo aqueles que ele adorava como tomate, macarrão e feijão começou a dizer “eca”. Percebi que a comida já não era mais novidade para ele, ficar sentado à mesa por meia hora parecia uma tortura e tudo o que ele queria era brincar e fazer outras coisas, mas não comer.
Se você também já passou por isso na sua casa ou está vivendo essa situação, provavelmente sabe como é angustiante ver um filho que se recusa a comer e a dificuldade de lidar com isso. Que desespero!
O que fazer? Brigar não adianta, forçar a comer é pior ainda.
Uma coisa que a gente precisa entender é que após os primeiros anos de idade, a velocidade de crescimento da criança diminui bastante. Com isso, a demanda por nutrientes e a necessidade de ingestão alimentar também diminuem, fazendo com que ocorra uma perda natural de apetite (se antes seu filho comia muito e de tudo, agora ele pode passar a comer uma quantidade menor). Soma-se a isso o fato da comida não ser mais novidade e agora tudo que a criança quer é explorar, ainda mais, o mundo.
O que causa a falta de apetite
No entanto, percebi que a falta de apetite do meu filho é bem maior quando ele está doentinho com alguma gripe ou resfriado, por exemplo. Pensando nisso, fui pesquisar quais são as principais causas de falta de apetite nos bebês e nas crianças. Veja só:
- Nascimento dos primeiros dentinhos (ou a troca dos dentes de leite), pois causam coceira e desconforto na gengiva.
- Resfriados, gripes, dores de garganta e de ouvido, além de infecções respiratórias tendem a reduzir o apetite da criança porque, além do mal-estar, prejudicam a capacidade de sentir o sabor dos alimentos, diminuindo o interesse por eles.
- Dias muito quentes e com muitas atividades tendem a fazer o apetite desaparecer e a atenção da criança é voltada para as demais interações durante o dia (principalmente se estamos na praia, na piscina ou em um passeio ao ar livre, por exemplo).
- A introdução de novos alimentos pode gerar certa resistência e fazer com que a criança fique sem querer comer por algum tempo.
- À medida em que a criança está crescendo e começa a conhecer diferentes alimentos, como doces, bolos, chocolates, a tendência é que ela se torne progressivamente mais seletiva e comece a escolher o que quer comer. (É aí que entra a nossa paciência para ensinar que tudo tem sua hora e lugar, por exemplo, não dá para comer todo dia chocolate, mas quem sabe no final de semana ou na festinha?).
Como reverter a situação
Essas são algumas medidas e estratégias que venho adotando aqui em casa (e que tem funcionado) para reverter a perda de apetite no meu pequeno:
- Mantenha um intervalo de cerca de duas horas entre as refeições para que a criança esteja com fome na hora de comer.
- Evite pratos muito cheios. Melhor a criança comer uma porção menor e ser parabenizada/ incentivada por ter se alimentado, ao invés de ser recriminada por não ter comido tudo. Além disso, é preferível que a criança coma pequenas porções várias vezes ao dia, do que uma quantidade muito grande uma única vez e passe muito tempo sem querer comer mais nada.
- Ofereça sempre novos alimentos. Estudos mostram que é necessário oferecer um mesmo alimento pelo menos 10 vezes para que a criança aceite e se acostume com ele. Assim, não se deve desistir após uma ou duas tentativas. Espere um tempo e volte a oferecer o mesmo alimento, tentando em formas e consistências diferentes.
- Evite oferecer muito líquido durante as refeições, pois eles preenchem o estômago e diminuem ainda mais o apetite.
- Não obrigue a criança a comer a todo custo. Isso pode deixá-la mais irritada e reduzir ainda mais o apetite, além de desencadear uma relação ruim com a comida e a hora de comer.
- Respeite a saciedade. Claro que é um alívio ver a criança “limpar todo o prato”, mas às vezes queremos que eles comam mais do que realmente precisam. Se seu filho disser que não quer mais, observe se ele já está satisfeito.
- Se a criança estiver doentinha, ofereça alimentos que ela goste e que sejam fáceis de engolir. Aqui em casa purê de batata e canja de galinha são sempre boas opções!
- Procure variar o cardápio e oferecer alimentos com sabores e texturas diferentes. Cinco cores diferentes deixam o prato mais saboroso, nutritivo e atraente!
Sinal de alerta
É importante dizer que estamos falando aqui da falta de apetite temporária, ou seja, algo passageiro que não esteja comprometendo a saúde da criança.
A ingestão inadequada de nutrientes durante a infância pode influenciar o desenvolvimento físico e intelectual por toda a vida, por isso, se você perceber que a falta de apetite do seu filho é persistente é importante procurar um pediatra para fazer uma avaliação.
A longo prazo a falta de apetite (e de uma alimentação adequada) pode estar relacionada à problemas como baixa estatura, baixo ganho de peso, além de doenças como a anemia que se caracteriza pela deficiência do ferro no organismo.
A boa notícia é que com o passar do tempo a tendência é que o apetite dos pequenos melhore, principalmente na fase da pré-adolescência/ adolescência quando o corpo passa por outras transformações. Tenho sobrinhas que deram trabalho para comer quando pequenas e hoje com quase 15 anos comem de tudo!
Gostou das dicas? Então vamos juntas levar essas informações a mais famílias que estão lidando com as mesmas dificuldades. Compartilhe esse post com suas amigas e amigos.
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Foto: Freeimages.com/ Andreas Schmidt
Fontes consultadas: Bibliomed, Biotonico Fontoura, Conversando com o Pediatra, Pediatra Orienta
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