Olá meninas, enquanto ainda estamos lidando com o Zika Vírus (veja aqui e aqui), nem chegou o inverno e já começamos a ver notícias sobre a gripe H1N1 (ou influenza A), o que fez com que em São Paulo, por exemplo, houvesse até uma correria das famílias para encontrar a vacina contra a gripe nas clínicas particulares.
Por isso, fomos atrás de informações mais concretas e orientações médicas para que nos ajudar a entender se vale ou não esperar a chegada da vacina na rede pública. Segundo o Ministério da Saúde, “já a partir do dia 1º de abril se iniciou o envio aos estados da vacina contra a influenza de 2016. A entrega aos municípios, por sua vez, é responsabilidade dos estados. A campanha acontece em todo o país do dia 30 de abril a 20 de maio, sendo o dia 30 de mobilização.” (veja mais aqui)
Mas quais as diferenças entre as vacinas da rede pública e particular? Será que vale esperar a campanha do Ministério da Saúde? De acordo com o médico Renato Kfouri, pediatra neonatologista, infectologista, membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é fundamental destacar que há diferentes tipos de vacinas, como ele esclarece pra gente a seguir:
Trivalente x tetravalente
A vacina tetravalente (também chamada de quadrivalente) tem quatro cepas do vírus, enquanto a trivalente tem três. Se analisarmos dessa forma, portanto, a tetravalente é mais completa.
Cepas contempladas nas vacinas
Trivalente
Vírus influenza A/California/7/2009 (H1N1) pdm09
Vírus similar ao vírus influenza A/Hong Kong/4801/2014 (H3N2)
Vírus similar ao vírus influenza B/Brisbane/60/2008
Quadrivalente
Todas as cepas presentes na trivalente +
Vírus similar ao influenza B/Phuket/3073/2013
Laboratórios
As vacinas também se diferem de acordo com sua origem. Assim, do Instituto Butantan e da Abbvie, a trivalente é indicada a partir dos seis meses. Do laboratório GSK, a tetravalente é indicada a partir dos três anos. Já as vacinas da Sanofi, tanto a trivalente quanto a tetravalente, podem ser dadas já aos seis meses. A tetravalente da Sanofi deve chegar ao Brasil na semana de 04 de abril.
Na rede privada
Nas clínicas particulares, estão disponíveis as trivalentes da Abbvie e a tetravalente da GSK. A partir de meados de abril, a tetravalente da Sanofi também deve chegar às clínicas. Todas podem ser dadas a gestantes e crianças a partir dos seis meses, exceto a tetravalente da GSK, indicada somente após os 3 anos.
Na rede pública
A vacinação na rede pública será feita com as trivalentes do Instituto Butantan e da Sanofi. A composição e indicação são as mesmas das demais trivalentes.
Vale esperar a campanha pública?
Quanto antes a vacina for aplicada, melhor, mas isso vale para todos os anos. Não há necessidade de pânico.
Quanto tempo leva para a vacina fazer efeito?
A vacina leva 10 dias para fazer efeito, independentemente da marca ou do tipo (trivalente ou tetravalente).
Reações às vacinas
Os eventos adversos são iguais em todas as faixas etárias: dores, vermelhidão e endurecimento locais ocorrem em 15% a 20% dos vacinados; e febre, mal-estar e dor muscular em 1% a 2%. Reações alérgicas são raríssimas.
Queridas, sabemos que são muitas informações (até bastante técnicas), mas é sempre bom estarmos informadas. Outra dica é consultar o pediatra dos pequenos para avaliar a recomendação em casos específicos.
Beijos, da Mamãe Prática Mari
Foto: Freeimages.com/ Martin K
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Muito bom Mari! Eu vou vacinar meu filho na rede particular, pois me disseram que as vacinas da rede publica dão muito mais reações dos que as que são dadas em clinicas particulares.