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Melasma na gravidez: como prevenir e tratar essa doença da pele

melasma na gravidez

Olá meninas, vocês já ouviram falar em melasma? Eu só fui conhecer o termo durante a minha gravidez. Segundo a médica dermatologista Tatiana Aline Steiner, colunista do blog Mamãe Prática, esse tipo de doença da pele “se caracteriza pelo surgimento de manchas escuras ou acastanhadas na face, principalmente nas regiões malares (maçãs do rosto), testa, nariz e buço”.

Eu tive melasma na minha gravidez e, felizmente, no meu caso a mancha desapareceu espontaneamente, sem necessidade de tratamento. No artigo a seguir, a médica fala mais sobre isso, assim como detalha os tipos de tratamento para os casos em que essa manchinha indesejável resolve não sair de cena. Com a palavra, a Dra. Tatiana, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD):

Entenda o melasma

Melasma é uma alteração adquirida na pele, muito comum, caracterizada por manchas escuras acastanhadas, com certa simetria, que ocorrem nas áreas expostas ao sol, principalmente na face. Portanto, a exposição aos raios solares pode provocar seu aparecimento, sendo o principal fator para o escurecimento.
Mas o melasma também é comum na gestação, devido ao estímulo hormonal, e ocorre em cerca de 70% das mulheres grávidas, recebendo o nome de cloasma gravídico.

Além disso, além dos fatores hormonais e da exposição solar, a tendência genética e as características raciais também influenciam no desencadeamento do melasma. Dessa forma, as principais causas do melasma incluem herança genética, exposição à radiação ultravioleta/UV (luz solar) e influências hormonais (pílulas e gravidez).

O cloasma gravídico, em alguns casos, pode desaparecer espontaneamente após a gravidez sem necessidade de tratamento. Mas para os casos que não houve regressão do melasma gravídico, é necessário fazer, após a gestação, o tratamento com despigmentantes.

Os tipos de tratamento do melasma

O tratamento continua a ser um desafio e inúmeras opções, incluindo agentes tópicos, peelings químicos e lasers têm sido utilizadas para o clareamento das lesões.

O tratamento tópico é feito com o uso de cremes com substâncias despigmentantes (clareadoras) associadas a algum ácido (que aumenta a eficácia do tratamento). Eles atuam nas várias etapas da formação do melasma e os principais agentes são: hidroquinona, tretinoína, ácido azeláico, ácido kógico, ácido tranexâmico, corticoides e outros despigmentantes.

Quando o pigmento se localiza mais profundamente, a melhora é mais difícil, exigindo persistência para se obter um bom resultado. Nestes casos, são associados alguns procedimentos como peelings químicos, microdermoabrasão, luz intensa pulsada, laser e microagulhamento. Os procedimentos devem ser realizados por médico especializado.

Os peelings superficiais facilitam a penetração dos despigmentantes e ajudam a remover o pigmento das camadas superiores da pele. São realizados no consultório por profissional habilitado.

O tratamento com o laser ND-Yag (Spectra) é o primeiro aprovado pelo FDA especificamente para o tratamento do melasma. Utiliza pulsos de alta intensidade e ultra-rápidos para o tratamento das lesões pigmentadas.

Microagulhamento: é um equipamento composto de um pequeno cilindro, incrustado por centenas de micro-agulhas, cuja finalidade é provocar microlesões na superfície, promovendo a formação de colágeno, renovação celular e clareamento.

Fugindo do sol

O uso de protetores solares potentes é fundamental para a prevenção e tratamento do melasma e deve ser usado sempre que houver exposição ao sol ou mormaço. Recomenda-se uso de protetores, preferencialmente físicos, com FPS>50 e que devem ser reaplicados a cada 2 horas.

Além disso, mesmo com o uso de filtro, é bom evitar se expor entre 10 e 16 horas, período de maior incidência dos raios ultravioletas. O uso de chapéu, óculos e se manter à sombra também são importantes para evitar o melasma.

Após o clareamento das lesões, a proteção solar deve ser mantida para evitar que as manchas reapareçam.

Você sabia que existem 2 tipos de filtro solar*?
Filtros físicos: possuem os ativos dióxido de titânio e óxido de zinco e refletem a luz solar. Não são absorvidos pela pele e formam um filme que evita a penetração da luz solar.
Filtros químicos: possuem substâncias incolores que reduzem a quantidade de radiação, absorvendo os raios solares.
*Ambos são liberados para uso na gravidez.

Dermatologista Tatiana Steiner
Com seu olhar de mãe e médica, a dermatologista Tatiana Aline Steiner participa do blog com conteúdos para ajudar nós, mamães, diante dos desafios da maternidade, como quando nossos pequenos ficam doentes. Tatiana é mãe da Lorena e do Bruno, além de diretora técnica da Clínica DSkin – Unidade de Tratamentos.  Site: www.denisesteiner.com.br

 

Meninas, veja também o texto da Dra. Tatiana sobre estrias: “Estrias durante e após a gravidez”

Beijos, da Mamãe Prática Mari

Foto/abertura: Estudio Lidi Lopez

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