Quando o assunto é a alimentação de bebês, muitos pediatras são unanimes: a recomendação é o leite materno de forma exclusiva até os seis meses. Em seguida, começa a etapa das papinhas de frutas, legumes, cereais e tubérculos. É a chamada introdução de alimentos complementares ao leite materno.
De acordo com a pediatra Claudete Teixeira Krause Closs, coordenadora do Programa de Aleitamento Materno (Proama), da Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba (PR), a orientação médica nessa fase também está relacionada ao documento Dez passos para uma Alimentação Saudável – Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos, do Ministério da Saúde. Embora tenha sido criado para auxiliar profissionais e agentes comunitários de saúde nas orientações a mães de crianças na fase de transição entre o aleitamento materno e a alimentação da família, o manual também traz dicas interessantes aos pais.
Segundo o documento, algumas crianças precisam ser estimuladas a comer, mas nunca forçadas, e não se deve oferecer comida ou insistir para que a criança coma quando ela não está com fome. O guia é extenso (tem cerca de 70 páginas). Aqui no blog vamos resumir quais são os dez passos, mas você pode conferir o material na íntegra ao clicar aqui.
Dez passos para uma alimentação saudável:
Passo 1 – Dar somente leite materno até os seis meses, sem oferecer água, chás ou qualquer outro alimento.
Passo 2 – A partir dos seis meses, introduzir de forma lenta e gradual outros alimentos, mantendo o leite materno até os dois anos de idade ou mais.
Passo 3 – Após seis meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos, carnes, leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia, se a criança receber leite materno, e cinco vezes ao dia, se estiver desmamada.
Passo 4 – A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
Passo 5 – A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e oferecida de colher; começar com consistência pastosa (papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até chegar à alimentação da família.
Passo 6 – Oferecer à criança diferentes alimentos ao dia. Uma alimentação variada é uma alimentação colorida.
Passo 7 – Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas refeições.
Passo 8 – Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas, salgadinhos e outras guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com moderação.
Passo 9 – Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantindo o seu armazenamento e conservação adequados.
Passo 10 – Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar, oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos, respeitando a sua aceitação.
Outras orientações do Ministério da Saúde:
- No começo, oferecer a primeira papinha salgada no almoço e quando o bebê tiver 7-8 meses oferecer outra papinha salgada no jantar;
- Introduzir um alimento novo a cada dia;
- Dar duas frutas diferentes por dia, selecionando aquelas que são da estação (principalmente as ricas em vitamina A, como as amarelas e as alaranjadas);
- Incluir carne nas papinhas, mas quando não for possível, dar de 50 ml a 100 ml de suco de frutas ricas em vitamina C, logo após o término da ingestão alimentar, para facilitar a absorção do ferro inorgânico;
- Oferecer água (tratada, filtrada ou fervida) nos intervalos das refeições.
Mamães, o que vocês acharam dessas orientações do Ministério da Saúde? Conseguem colocá-las em prática?
Beijos da Mamãe Prática Mari
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