Com certeza essa é uma fase de deixar todo mundo de cabelo em pé! Exige muita paciência e firmeza de nós, papais e mamães. Continuo esperando passar (risos). Esse post ficou em 8º lugar no nosso ranking dos 10 Posts Mais Lidos de 2015. Olha só:
Se você está lendo esse post é bem provável que esteja passando pela mesma situação que eu. Tem um filho com quase dois anos de idade ligado no 220W que parece rebelde sem causa, não quer colocar o sapato ou a roupa, não deixa colocar a fralda, não quer sentar na cadeirinha do carro, não come como antes e agora escolhe o que quer comer, se joga no chão quando é contrariado, mexe em absolutamente TUDO na sua casa, come a comida do cachorro ou do gato, sobe na mesa ou no encosto do sofá (e se joga de lá!), enfim, a lista de exemplos é infinita (risos). São situações estressantes que fazem a gente se questionar se estamos fazendo algo errado, se deveríamos agir diferente e até se somos boas mães (e pais).
Talvez você também já esteja ouvindo frases como “tem que por limite”, “no meu tempo já tinha levado umas palmadas”, “precisa disciplinar, dar educação”, “ele está ficando mimado”. Sem dúvida, são comentários que deixam a gente ainda mais angustiada!
Tenho duas boas notícias para você. A primeira é que você não está sozinha. Com certeza, você vai encontrar muitas outras mães que estão passando pela mesma situação (como eu) e, dividindo experiências, fica bem mais fácil compreender nossos filhos e lidar com isso. A outra boa notícia é que essa fase vai passar, mesmo que demore um pouco.
Mas, afinal, que fase é essa? Há algumas semanas participei de um bate-papo com outras mães em um grupo no Facebook quando vi pela primeira vez a expressão “terrible twos” ou “terríveis dois anos” com relatos muito parecidos com o meu. Fui pesquisar o tema e comecei a entender que, na verdade, meu filho está simplesmente passando por uma nova fase de desenvolvimento (também conhecida como adolescência do bebê), de descobertas e não há nada de errado com ele.
O que acontece é que a criança de dois anos ainda é um bebezão, mas um bebê que está crescendo e começando a se perceber como um serzinho mais independente. Além de muita energia, essa criança tem necessidade de explorar o mundo, busca autonomia e passa a demonstrar seus desejos e opiniões, sentindo-se muitas vezes em conflito porque ainda não tem maturidade para tomar decisões (por exemplo, ela pede pra comer macarrão, mas depois não quer mais comer).
Claro que tudo isso acontece de forma inconsciente porque esta é uma fase de transição do desenvolvimento: ela está deixando de ser bebê para se tornar criança. É comum que seja apelidada de terrível, mal-educada ou teimosa (eu mesma já fiz isso!), o que é um grande equívoco.
Mas o que fazer? O mais importante é termos paciência e tentarmos compreender esse momento do desenvolvimento dos nossos filhos (que é um momento muito bacana de descobertas e de crescimento!). Sou da opinião de que nunca devemos bater, dar palmadas, tapas ou puxões de orelha, pois esses são comportamentos agressivos não resolvem e apenas vão deixar seu filho mais frustrado e em conflito. Também não acredito em chantagens ou ameaças, pois isso deixará a criança mais insegura, tensa e até agressiva. Existem maneiras mais construtivas de ensinar e educar nossos filhos…
É importante conversar com o seu parceiro para que vocês sigam sempre a mesma conduta e apoiem um ao outro. Por exemplo, se seu filho fizer birra porque quer algo que não pode, os dois precisam concordar e não ceder ao que a criança quer. Uma estratégia que costuma funcionar aqui em casa é mudar o foco. Se o Serginho está chorando porque quer algo que não pode, tento mudar o assunto, mostrar outra coisa que ele se interesse, ao invés de ficar falando e brigando o tempo todo.
Coloque-se no lugar do seu filho e quando ele estiver frustrado por não conseguir fazer algo, por exemplo, estimule-o a tentar novamente e ofereça ajuda. Também deixe que ele tome pequenas decisões, como escolher uma roupa ou tênis, qual suco tomar, qual brinquedo levar pra escola. Sempre com a sua supervisão e respeitando os seus limites de acordo com a idade, deixe o pequeno participar e ajudar nas tarefas domésticas, por exemplo, na hora de varrer ou passar pano na cozinha, ou guardar as compras do supermercado.
Também recomendo que você leia o texto “A criança de dois anos e os terríveis adultos que cuidam dela”, da blogueira Claudia Rodrigues, de Porto Alegre (RS). Ela me ajudou muito a entender o que se passa por aqui, principalmente quando diz que “se ela [a criança] não for levada para brincar em uma praça, um parque, fará da sua casa o seu ‘playground’ e se for também fará, talvez apenas com um pouco menos de intensidade…”.
Ter filhos é algo lindo e mágico, mas é fato que também exige de nós (pais cansados kkk) muita dedicação, paciência e compreensão, porque não são só eles estão aprendendo, mas nós também!
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
*A foto que abre esse post é do meu Serginho, em momento “contrariado” (risos). Crédito: Mamãe Prática
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