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Esporotricose: conheça doença de pele causada por fungo

esporotricose

Você sabe o que é esporotricose? Se você reside na região do Rio de Janeiro talvez tenha ouvido falar sobre essa doença, já que nos primeiros meses do ano houve uma epidemia de esporotricose na cidade do Rio de Janeiro, atingindo gatos e humanos.

Como mãe de quatro gatos fiquei muito triste em saber que essa doença existe (não conhecia!) e que ela afeta principalmente os felinos, podendo ser transmitida para os seres humanos e outros animais.

Lesões graves na pele são os principais sintomas da esporotricose. Nos felinos pode ser fatal, enquanto para o homem existe cura. Para esclarecer o tema, a pediatra Jaqueline Toscano, especializada em Alergia e Imunologia e autora do perfil @alergiacomdrajaque, nos enviou esse artigo, explicando o que é a esporotricose e como preveni-la. Com a palavra, Dra. Jaqueline:

Esporotricose: entenda a doença

Acho que alguns de vocês têm ouvido falar ultimamente da esporotricose, não é mesmo?

Hoje vamos esclarecer um pouquinho sobre essa doença e, primeiramente, deixar claro que os gatos são tão vítimas quanto nós desta enfermidade.

A esporotricose é uma doença causada por fungo – que habita solo, palhas, madeira, vegetais – e pode afetar tanto humanos quanto animais.

A transmissão é feita pelo contato direto com materiais contaminados ou pela mordida/arranhadura de gatos doentes, assim como pelo contato direto com as lesões.

A transmissão entre humanos não é descrita, porém o gato pode contaminar outros animais.

As manifestações clínicas podem ser variadas, sendo mais comuns às lesões de pele que, inclusive, podem ulcerar. Em pessoas, acometem principalmente a face e membros superiores.

O tratamento da doença é feito com antifúngico, como o itraconazol.

Caso, infelizmente, o seu animal tenha sido afetado, estas são as recomendações aos responsáveis por gatos com esporotricose:

  • Isolar o gato de outros animais e mantê-lo dentro da residência
  • Manusear o animal com cuidado e usando luvas
  • Desinfetar o ambiente com água sanitária ou cloro
  • Não dar leite junto com a medicação, pois pode comprometer a absorção do remédio (pelo menos 4 horas de espera)
  • Em caso de óbito, não enterrar o animal. É aconselhável cremação para não infectar o solo
  • A esporotricose tem cura! Logo não devemos abandonar, sacrificar ou abandonar os gatos!
Dra. Jaqueline Toscano:

A pediatra Jaqueline Toscano, autora do perfil @alergiacomdrajaque no Instagram, conta que sempre foi apaixonada por crianças e com 12 anos já decidiu o que eu queria ser quando crescer: pediatra! Também especializada em Alergia e Imunologia, ela diz que é muito gratificante ajudar as crianças com imunodeficiência e acredita que os pais têm papel fundamental na melhoria da vida de seus filhos alérgicos. Por isso, aqui no blog, ela vai ajudar nós, mães e pais, a cuidarmos melhor de nossos filhos, sejam eles alérgicos ou não.

Muito triste essa doença! Pelo que pesquisei, um dos motivos do aumento do problema é o uso de areia contaminada das ruas. Infelizmente, muitas pessoas pegam areias nas ruas e levam para casa para colocar nas caixas de areia usadas pelos gatos para fazerem suas necessidades. Dessa forma, o gato pode contrair o fungo e ser infectado pela doença.

Para ilustrar o tema, compartilho aqui com vocês uma reportagem do Jornal da Record de março de 2017:

Xô ignorância!
Ainda existe muito preconceito em relação aos gatos que, na verdade, são animais muito carinhosos e companheiros. Meus 4 felinos são meus filhos de quatro pantas e não vivo sem eles!

Vale lembrar que, uma vez doente, o animal precisa de tratamento adequado, por isso, nunca abandone seu animal de estimação!

Beijos, da Mamãe Prática Fabi

Foto: Freeimages.com/ Bruno_Sersocima

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