Olá meninas! O sono dos bebês é uma das principais preocupações que temos quando nos tornamos mães (e pais). Por mais que a gente se prepare psicologicamente para as noites em claro que acompanham a chegada do bebê, nem sempre conseguimos lidar bem com essa situação. Isso porque às vezes o bebê demora mais tempo do que imaginávamos para começar a dormir mais horas seguidas e alguns seguem nesse ritmo até 1 ano ou mais. Isso acontece aí na sua casa?
Posso dizer que tive um pouco de sorte nessa área, já que meu filho Serginho começou a dormir 4 a 6 horas seguidas por noite já nos primeiros meses de vida. Mas não foi apenas sorte. Com certeza alguns fatores contribuíram para isso como a rotina de sono que fui criando aos poucos. Falo mais sobre isso aqui nesse link.
No entanto, se você chegou nesse post é bem provável que esteja com dificuldade aí na sua casa. Acertei? Não é à toa que o sono dos bebês está sempre no topo da lista dos posts mais lidos aqui no Mamãe Prática.
Pensando nisso, fiz uma entrevista com a Danielle Cogo, que é Baby Planner especialista em sono infantil, para trazer mais informações para você. Olha que bacana:
1) Quais são as principais dificuldades enfrentadas pelos pais em relação ao sono dos bebês?
Danielle Cogo: A maior dificuldade para os pais é fazer com que as crianças tenham uma rotina, assim como também aqueles bebês que só dormem mamando e acordam de hora em hora durante a madrugada.
2) Por que alguns bebês logo nos primeiros meses começam a dormir 6 ou 8 horas seguidas, enquanto outros levam 1 ano ou mais para dormir durante a noite?
Danielle: Na verdade, cada criança é de um jeito, por isso, não devemos fazer comparações. Mas em especial o que contribui para a boa noite de sono é adaptar uma rotina adequada para a faixa etária da criança. O lado emocional dos pais também tem grande influência para que a criança consiga entrar em sono profundo de forma natural. Por exemplo: o bebê pode levar de 20 até 60 minutos para pegar no sono caso a mãe esteja afobada e sem paciência para esperar o tempo do bebê. Certamente vai ser mais difícil fazer com que esse bebê durma tranquilamente porque a criança é muito, mas muito sensível mesmo, e percebe toda a agitação. Consequentemente, ela terá um sono mais agitado.
3) Que dica você daria para uma mãe de primeira viagem em relação ao sono do bebê?
Danielle: Agende uma consulta com uma especialista em sono! Sono é saúde. Vários hormônios para o bom desenvolvimento físico e emocional do bebê são secretados apenas em sono profundo, por isso, é muito importante buscar informação para saber o que fazer para ajudar seu filho a dormir melhor.
4) Mas não dizem que essa é só uma fase e que irá passar?
Danielle: Realmente é verdade, pois essa fase vai passar. No entanto, o tempo não vai voltar para que você possa recuperar os hormônios que não foram secretados durante a primeira infância e o impacto na fase pré-escolar pode ser grande. Por isso, busque orientações com um especialista.
5) Qual é o impacto desses problemas de sono no futuro?
Danielle: Os problemas só irão existir se os pais não derem atenção ao assunto, se deixarem seus filhos com maus hábitos de sono por muito tempo e, assim, quando se inicia a fase pré-escolar os efeitos da falta de sono na primeira infância começam a surgir. Alguns desses efeitos são: crianças que não se alimentam direito, que estão sempre indispostas, que estão sempre nervosas e que mudam de humor com frequência, além de baixa tolerância a frustrações, agressividade, falta de atenção ou crianças muito agitadas.
6) Qual é o segredo para os pais criarem uma boa rotina de sono com os bebês?
Danielle: O segredo está em entender que assim como os pais não podem ter uma rotina de bebê, o bebê também não deve e não pode ter a mesma rotina de um adulto. Exemplo: se o casal vai dormir as 22/23:00 horas, este não é o horário ideal para uma criança dormir por causa de vários fatores hormonais que as crianças precisam durante o sono para se desenvolverem. Além disso, quando a criança dorme mais cedo, os pais conseguem ter um tempo para eles e isto certamente fará com que a mamãe fique mais contente para cuidar do bebê no dia seguinte, assim como o pai terá mais interesse em fazer atividades com a criança durante o dia. Sendo assim, o segredo está em cada um respeitar o tempo de cada um.
7) O que mais os pais podem fazer?
Assim como os pais ajudam seus filhos a andar, falar e comer, eles precisam também ajudar seus filhos a dormirem. São poucos os bebês e crianças que conseguem boas noite de sono com frequência. Se o seu filho tem dificuldade para dormir, não compare ele com o bebê da vizinha que dorme super bem. Primeiro porque cada um é de um jeito e segundo porque não há nada de errado com a criança que nasce e precisa de ajuda para emendar o sono leve no sono profundo.
Muito interessante essa abordagem da Danielle Cogo. Alguns pontos servem realmente pra gente refletir…
Beijos, da Mamãe Prática Fabi
Fonte: Danielle Cogo (IG @assessoriamamae_babyplanner )
Foto: Lidilopez Fotografia
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