Olá meninas,
“Meu filho não come!” Vocês já disseram isso ou ouviram alguém próximo de vocês falarem exatamente essas palavras? Percebo que essa é uma angústia de muitos pais e, por isso, gostei muito de trazer pra vocês este novo artigo da nossa colunista, a nutricionista Flávia Montanari, especialista em Educação Nutricional e Materno Infantil. Divulguem também para as amigas que estão passando por isso! Com a palavra, a nutricionista Flávia:
Meu filho não come: 15 dicas para mudar a situação
A hora da refeição é sagrada, mas nem sempre as mães conseguem ver o que mais sonham: o prato do seu filhote limpo, sem nenhum restinho de comida. Mas fiquem tranquilas, pois é absolutamente normal essa redução no apetite nessa idade (de 2 a 6 anos), já que o crescimento e ganho de peso são mais lentos (se comparados ao primeiro ano de vida e à adolescência).
Para os pais enfrentarem essa fase, na qual a crianças pequenas não querem comer, tenho algumas dicas comportamentais que podem ajudar nesta hora:
1. Evite a monotonia alimentar
Varie o cardápio associando algum alimento que a criança goste com outra opção mais saudável. Por exemplo: batata assada com uma folha fresca.
2. Abuse da criatividade
Utilize fôrmas com desenhos para fazer “arte”. Além disso, prepare o mesmo alimento de maneiras diversas, como por exemplo: cenoura crua, cozida, ralada, fatiada, em forma de quadrado, etc.
3. Utilize recipientes atraentes
Pratos e colheres coloridos ou de personagens, por exemplo, podem chamar a atenção das crianças.
4. Ofereça volumes menores e aumente a frequência das refeições diárias
É indicado entre cinco a seis refeições, com intervalo de duas a três horas cada: café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia. É importante mantermos uma rotina.
5. Realize as refeições em locais tranquilos
Faça as refeições com seu filho em ambientes harmoniosos e agradáveis, sem o uso de televisões e computadores, e de preferência com a família. Respeite a hora de comer!
6. Estabeleça horários fixos e tempo definido para cada refeição
Caso a criança recuse alguma refeição, ofereça apenas a próxima refeição no horário pré-estabelecido.
7. Não deixe seu filho ficar “beliscando”
Não ofereça nenhum outro alimento entre as refeições citadas acima, com exceção da água.
8. Ofereça líquidos na hora certa
A criança troca facilmente a refeição pelo suco, portanto, não ofereça líquidos durante as refeições.
9. Estimule a curiosidade pela comida
Ao colocar os alimentos no prato da criança, apresente-os dizendo o quanto é gostoso e saudável. A curiosidade estimulará o consumo destes alimentos.
10. Chame seu filho para ajudar na cozinha
Se há alguma comida que seu filho tende a rejeitar, experimente chamá-lo para ajudar no preparo e converse sobre a importância da boa alimentação. A criança irá se sentir valorizada ao preparar um alimento que será consumido por ela mesma;
11. Estimule o conhecimento da criança em relação a hortaliças e frutas
Leve seu filho ao supermercado, ao sacolão, ao Mercado Municipal ou à feira livre, por exemplo.
12. Esconda as besteiras
Não deixe alimentos à vista ou ao alcance das crianças que possam estimular o consumo e, consequentemente, atrapalhar a próxima refeição.
13. Não castigue ou utilize as “guloseimas” como recompensas
Dessa forma a criança terá uma imagem negativa no que se refere à comida.
14. Insista para seu filho experimentar
Ofereça à criança um novo alimento em torno de oito a dez vezes, caso a mesma recuse-o em algum momento.
15. Entenda que no verão é comum as crianças comerem menos
Não se preocupe com o fato de que no calor o apetite de seu filho pode ser menor do que no frio, devido à temperatura elevada e à prática de brincadeiras.
O pediatra e o nutricionista são os profissionais mais capacitados em diagnosticar se a falta de apetite é um fator a ser investigado mais a fundo ou se é apenas comportamental. Portanto, além de seguir estas dicas, visite um pediatra e um nutricionista caso você esteja passando por essa situação com seus filhos!
Flávia Montanari é nutricionista, especialista em Educação Nutricional e Materno Infantil, responsável técnica e diretora administrativa da Pueri Nutri – Consultoria e Assessoria em Nutrição. Em consultório, atende gestantes, crianças e adolescentes, e na cozinha experimental aplica atividades com diversos temas na área da alimentação infantil. Recém-casada e apaixonada por crianças, Flávia acredita que se pode trabalhar o futuro das crianças desde já!
Meninas, estas orientações foram preparadas com muito carinho pra vocês. Espero que as dicas ajudem vocês e que futuramente ao invés de “meu filho não come” vocês passem a dizer “meu filho come de tudo”. É possível, acreditem!
Beijos, da Mamãe Prática Mari.
Foto: freeimages.com
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Eu sou uma q estou passando por isso meu filho tem 2 anos e meio e não come nada de comida do mesmo jeito que eu coloco a comida no prato lá fica, somente come a carne fico desisperada.
oi Debora, tudo bem? Nossa, imagino a sua angústia, não é fácil mesmo!! Espero que as nossas dicas ajudem… precisa ter muita paciência e não desistir, aos poucos ele vai começar a comer melhor, beijos, Fabi
Meu filho come mas só Que comer processado ele tem 2 anos mas já pessei por muita dificuldade pra ele se alimentar.
Oi ja enfretei muitas dificuldades a respeito da alimentação do meu filho ele tem 2 anos mas só que comer comida processada.
Olá Ana Gleise,
A alimentação infantil preocupa muitas mamães (você não está sozinha!). Por isso temos feito vários posts para ajudar as mamães que passam por essa dificuldade. Outros posts que podem te ajudar:
– Como oferecer legumes para as crianças
– Criança muito seletiva e que se recusa a experimentar: o que fazer
Sugiro você também dar uma olhada nesse post aqui sobre introdução alimentar gradual e avaliar se vale inserir novos alimentos de forma gradativa. Esse passo a passo foi justamente a introdução alimentar que fiz com minha filha (a partir dos 6 meses). Ela acostumou com o sabor dos alimentos e hoje come de tudo. Quem sabe essa experiência te ajude e te motive a continuar insistindo!
Boa sorte por aí!
Beijos, da Mamãe Prática Mari