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O que colocar na papinha do bebê

Há algum tempo atrás, quando o Serginho começou a experimentar comidinhas salgadas e de frutas, tive muitas dúvidas sobre o que dar pra ele e de que forma preparar as papinhas, mas com o tempo fui pegando prática e fazendo receitas mais saborosas (risos).

Como sei que muitas mamães devem ter as mesmas dúvidas, decidi fazer esse post para trazer mais dicas sobre como fazer papinhas saudáveis e gostosas. Desta vez, consultamos o Rafael Almeida, responsável pela Sabor Bebê, loja online do Rio de Janeiro que produz papinhas caseiras com produtos orgânicos e criou um cardápio com apoio de nutricionista. Leia entrevista:

  1. O que não pode faltar na papinha do bebê?
    Primeiro devemos ter em mente que nossos bebês necessitam de três componentes básicos: Proteínas, Carboidratos e Vitaminas. Exemplos básicos para cada um desses grupos são:
    Proteínas: Carne de origem animal
    Carboidratos: Arroz, macarrão, batata etc. Podemos incorporar a batata-baroa que é mais nutritiva e tem um sabor agradável ao paladar infantil
    Vitaminas: Legumes como espinafre e abóbora enriquecem as propriedades nutricionais das papinhas, oferecendo as vitaminas necessárias.
    Já nas papinhas doces, sugerimos o uso de frutas orgânicas bem maduras para que seja aproveitado o máximo do sabor e adocicado natural. Esta dica vale principalmente para as frutas cítricas que devem ser utilizadas com parcimônia, uma vez que o sabor ácido pode não ser muito agradável ao paladar dos bebês.
  1. O que não se deve colocar na papinha?
    Recomendamos que não sejam utilizados sal ou açúcar em excesso e que se faça o uso mínimo de óleo (dê preferência ao óleo de canola). Nunca use temperos fortes como pimenta e curry. Também não indicamos o uso de vinagre, pois pode ocasionar alergia em bebês predispostos. A clara de ovo e o mel não devem ser oferecidos aos bebês antes dos 12 meses.
  1. Qual a textura ideal para preparar a papinha?
    A textura ideal varia com a faixa de idade:
    06 a 09 meses: Textura de creme não homogêneo. Nesta fase, nossos bebês estão descobrindo os sabores e as texturas dos alimentos, e os “micro” pedaços presentes na papinha estimulam a movimentação da mandíbula.
    09 a 12 meses: A textura da papinha já pode ser um pouco mais sólida e encorpada, com ingredientes amassados ou peneirados. Nesta fase, os bebês estão descobrindo os desafios da mastigação de alimentos sólidos!
    + 12 meses: É hora de experimentar comida de gente (quase) grande! As papinhas já podem ser sólidas com pequenos pedaços de carne combinados com legumes e uma fonte de carboidrato.
  1. Quais temperos usar?
    Uma boa papinha gourmet deve conter: Cebola, salsinha, manjericão e cebolinha. Essas são as nossas preferidas. Dica: Apresente um novo alimento por dia ao seu bebê, com isso você saberá se ele é alérgico ou se apresenta alguma dificuldade para digestão.
  1. Como criar um cardápio nutritivo e variado?
    Acho que o legal é juntarmos as melhores práticas ditas nos itens anteriores e saber que a papinha do bebê deve ser tão saborosa quanto possível. Para isso, priorize o uso de temperos, alimentos não gordurosos, frutas e vegetais orgânicos e maduros. Faça o teste com seu bebê e veja com qual alimento ele se adapta melhor.
  1. Quais cuidados que se deve ter para que as papinhas sejam saudáveis?
    O primeiro cuidado é a higiene. Desinfetar utensílios e usar toalhas descartáveis. Também dar preferência à água mineral ou fervida na preparação das papinhas garante uma produção segura e livre de bactérias ou germes. É importante ressaltar que carne crua, seja de frango, peixe ou boi, pode contaminar outros alimentos, por isso, use itens exclusivos (facas, potes…) para evitar contaminação cruzada com o restante dos ingredientes. 

    Depois disso, vem a preparação em si, priorizando o uso de alimentos orgânicos e ingredientes saudáveis. Por exemplo, incluímos quinoa em algumas de nossas receitas por se tratar de um grão sem glúten e que proporciona receitas deliciosas com excelente concentração de cálcio, ferro e proteínas. Abacate também é uma opção pouco utilizada no Brasil, mas que oferece ótima quantidade de vitaminas. Além disso, antes dos 12 meses não se deve fazer uso de açúcar nem utilizar o sal em excesso.

  1. E na hora de congelar?
    Se for congelar as papinhas, tenha cuidado com os recipientes. Opte sempre por potes plásticos livres de bisfenol A, também identificado pela sigla BPA, que é um composto do plástico tóxico para os seres humanos. É bem fácil saber se o pote é livre desta substância: observe o número de reciclagem que geralmente vem no fundo do pote dentro de um triangulo.Se estiver marcado com os números 1, 2, 4 ou 5 significa que o pote plástico não contêm BPA. Já se o pote estiver marcado com o número 7, quer dizer que foi produzido com BPA e, consequentemente, seu uso não é indicado.

Tente variar!
Essas são 10 opções e combinações sugeridas pela Sabor Bebê, considerando um cardápio para bebês de 6 a 9 meses que estão começando a experimentar os alimentos.
Salgadas:
– Feijão, cenoura e creme de mandioca
– Frango, cenoura e espinafre
– Frango, mandioquinha e beterraba
– Carne, beterraba e batata
– Carne, feijão e abóbora
– Creme de abóbora

Frutas:
– Pera com morango
– Banana com Ameixa
– Banana, maçã e cenoura
– Papinha de manga

Nada de microondas
Achei bacana esse vídeo das meninas do Mamatraca que explica porque não é legal usar microondas para fazer ou esquentar a papinha do bebê:

http://youtu.be/_vQGjOHOLGA

Dica de leitura
Aproveito para deixar a dica do e-book “O Manual das Papinhas”, da especialista em Nutrição Materno-Infantil Andréa Alves, que faz bastante sucesso entre as mamães. Esse é um material super completo que aborda tudo sobre a alimentação do bebê, além de dicas e receitas para facilitar o nosso dia a dia.

Queridas leitoras, espero que essas informações ajudem vocês na hora de preparar papinhas saborosas e nutritivas para os seus filhotes.

Beijos, da Mamãe Prática Fabi

Foto: mlpotma/freeimages

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3 comentários sobre “O que colocar na papinha do bebê

  1. Variar a alimentação da minha filha tem sido muito difícil. Com medo dela não aceitar novos alimentos sempre faço as mesmas coisas.

    1. Oi Roberta, entendo! Mas tente continuar oferecendo novos alimentos. Mesmo que ela não queira experimentá-los é importante que tenha contato, toque, sinta o cheiro. Existem diversas formas de aproximação dos alimentos. Boa sorte! Beijos, da Mamãe Prática Fabi

  2. Gostei bastante do comentário, ficou bem explicado. Obrigada por compartilhar.

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