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7 maneiras para lidar melhor com a criança que não come

Enquanto o meu sobrinho, o Serginho, é bom de garfo e come rapidinho, uma colherada atrás da outra, a minha Manuela ENROLA, enrola tanto a ponto de a gente perder a paciência. Sim, perdemos muito a paciência com ela na hora da refeição. Mas, será que não é a gente que está querendo apressá-la demais? Será que, simplesmente, esse é o ritmo dela e a gente precisa respeitá-lo? Ou será que daria para tentar evitar que ela ficasse tão distraída durante as refeições?

Como existem MUITAS mães que passam pelo mesmo problema que eu ou até situações piores que a minha, entrevistei a escritora, pedagoga e psicóloga Elizabeth Monteiro sobre esse assunto.

Também autora dos títulos “Criando filhos em tempos difíceis” e “Cadê o pai dessa criança?”, ambos pela Summus Editorial, entre outros, Betty dá orientações às leitoras do blog Mamãe Prática e até cita medidas práticas que podemos tentar fazer em casa. Veja a seguir a sua visão sobre o tema “meu filho não come”, situação que aflige muitos pais, tios e avós.

1. Trabalhe os sentidos da criança

Novos estudos associam a rejeição a certos alimentos a uma questão de falta de integração sensorial da criança, dos sentidos da criança. Aquela que não tem os cinco sentidos integrados pode rejeitar o alimento porque, para ela, ele tem um cheiro ruim ou o visual, o paladar ou a textura, por exemplo, causam alguma repulsa. Portanto, estudos recentes associam a rejeição da comida não apenas pela questão comportamental, mas pela falta de integração dos sentidos da criança. O tratamento é feito com fonoaudiólogos para trabalhar os sentidos, a deglutição, a mastigação. É por isso que os bebês precisam sim colocar a mão na comida e se sujar!

2. Dê o exemplo, sempre!

Às vezes a próprias mães ou pais têm aversão a algum alimento e passam esse “sentimento” aos filhos. Se o pai falar “isso eu não como”, a criança estará vendo. Se ela ouvir a mãe dizendo “eca, que coisa horrível!”, irá aprender por imitação. Nenhuma criança escuta seus pais, mas todas imitam seus pais. Portanto, fique atento se você mesmo não costuma ser muito seletivo na sua alimentação.

3. Evite o estresse

Fique atento por que a criança não quer comer: se é birra ou se, simplesmente, ela não está com fome ou não está disposta a comer aquilo. O importante é não transformar essa hora num teatro que vai se repetir. Depois de meia hora, se a criança não aceitou certo alimento, pare de oferecê-lo.

Se for para não se instalar esse enfrentamento e estresse na família na hora da refeição, é válido dar o brinquedo, pois durante essa situação de conflito o vínculo afetivo fica deteriorado, justamente em um momento que precisa ser amoroso. A mãe precisa se virar e ter flexibilidade e são válidos recursos para não entrar no lugar em que a criança quer colocar você, como o da mãe chata, da mãe que insisti muito.

4. Entenda o ritmo da criança

Pode ser que seu filho seja, simplesmente, mais lento para comer. Mas também existem aqueles que se distraem com a comida na boca se a TV estiver ligada. Ou, ainda, há crianças que podem manipular os pais ao comer devagar e, dessa forma, chamar mais a atenção. Por isso, é preciso observar com atenção o contexto.

5. Respeite e não faça chantagens

Existe um limite entre o que é insistência e o que é desrespeito. Assim, também é preciso respeitar quando a criança não quer comer determinado alimento, pois dessa forma os pais estarão ensinando uma coisa muito importante: o respeito. E isso não se faz com gritos, colocando seu filho de castigo ou fazendo ameaças.

Muitos pais fazem chantagens, mas não as cumprem. “Se não comer, vou desligar a televisão”, pode ser fácil, mas “se você não comer, você não vai à festa da sua amiguinha hoje”, nem tanto. Portanto, não faça ameaças que você sabe que não vai cumprir.

6. Seja criativo na cozinha

Procure desenvolver o paladar do seu filho criando pratos diferentes e preparando o mesmo alimento de formas e texturas diferentes. E sempre estimule a criança a provar. Se ela não aceitou provar em um momento, não desista, tente em outro. E seja mais criativo na cozinha. Cozinhe o feijão com legumes e verduras, por exemplo. Procure descobrir alimentos que tenham o mesmo valor nutricional, pois caso a criança não aceite determinado alimento, você poderá substituí-lo por outro. Neste caso, se necessário, vale procurar a ajuda de um nutricionista.

Veja aqui ideias criativas para fazer com frutas!

7. Procure agir mais e falar menos

Não adianta transformar a hora da refeição em um “campo de batalha”. Se seu filho faz muita birra para não comer, você pode usar estratégias, como 1) Estratégia do relógio, 2) Estratégia das porções menores e 3) Estratégia de se afastar, supervisionando a criança de longe – medidas que tiram o foco do estresse, da tensão que a criança percebe existir nos pais para que ela coma. Às vezes, seu filho só quer chamar a atenção. Conheça aqui as 3 estratégias.

E vale sempre lembrar: procure levar seu filho no mercado com você, envolva-o no preparo das refeições e até na hora de fazer seu prato. Crie o interesse pelos alimentos e pela gastronomia.

Mamães, o que vocês acharam da visão sobre o assunto da psicóloga Betty Monteiro? Vão tentar colocar alguma dica em prática? Depois contem pra gente.

Em tempo:

Conheça nossos projetos ligados ao tema da alimentação infantil que visam ajudar as famílias a aumentarem o repertório alimentar dos seus filhos por meio do lúdico e da conexão pais e filhos.

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Foto: Chrissi Nerantzi/freeimages

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Pular e rabiscar: como essas brincadeiras estimulam seu filho

Se tem duas coisas que a minha filha de 2 anos adora fazer é: pular e rabiscar! E como tem energia essa pequena!

Outro dia, já era dez da noite e ela dizia: “Mamãe, vem pular! Mamãe, vem dançar. Mamãe, faz trenzinho”, e eu querendo ficar jogada no sofá … kkk. Será que são as crianças que têm muita energia ou a gente que deveria ter mais disposição? 

O fato é que é uma delícia vê-la brincando, pulando e rabiscando por aí (mas outro dia quase rabiscou a parede, ainda bem que a “peguei no flagra”, hehehe).
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Crônicas de uma mãe: desfralde

Meninas, sei que tenho colocado algumas coisas aqui no blog sobre o desfrade, mas peço licença pra insistir mais no tema. Gosto de escrever sobre aquilo que meu coração diz ser bacana de dividir com vocês.

Então, hoje vou contar pra vocês como foi o primeiro dia (oficial) de desfrade da Manu:

Diário do desfralde: dia 1

Sentimento: Caos total!
Pensa em uma mãe igual “barata tonta” kkk. Foi assim que me senti hoje de manhã. Em apenas três horas, fiquei de lá pra cá, às voltas com a pequena: coloca no penico umas cinco vezes, insiste pra fazer xixi no penico umas “mil vezes”, volta a cozinhar, para de cozinhar pra levar pro penico, volta a cozinhar, para de cozinhar pra trocar a calcinha e a calça que molharam … Foram tantas escapadas que fiquei doidinha. Depois que coloquei as roupinhas sujas na máquina, adivinha: mais roupas com xixi! Help!

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5 dicas valiosas para fazer o desfralde com sucesso (+ 5 dicas de livros)

Calma. Sim, pra mim, essa é a “palavra-chave” no processo de desfralde de uma criança. Confesso que estou bem ansiosa pra minha Manuela, de 2 anos, sair logo da fralda (o bolso do papai agradece, né gente? kkk), mas percebi que de nada adianta ficarmos assim, até porque podemos passar essa ansiedade para os nossos filhos.

O fato é que há cerca de 5 meses comprei 2 penicos e, ingênua, achei que minha pequena fosse se interessar em usá-lo. Fomos juntas escolhê-los no mercado e decidi adotar a “tática” do adesivo (cada vez que a criança faz xixi no penico ganha um adesivo). Mas logo percebi que não estava dando certo: ela não queria ficar sentada no penico de jeito nenhum, reclamava muito, e já nem ligava mais em ganhar os adesivos – a mamãe aqui “caiu do cavalo” kkk. O fato é que ela ainda não estava preparada para sair das fraldas e, por isso, decidi esperar.

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Sanduíche quente de forno

Essa receita de sanduíche quente de forno tem pra mim um gostinho de infância, afinal já passou por três gerações na minha família. Você já experimentou alguma vez esse sanduíche quente de forno?

Pra mim, esse sanduíche meio com cara de torna ou lasanha de pão é uma receita “das antigas” e muito fácil de fazer.

Então, com esses ingredientes (palmito, muito queijo e sopa de cebola), não tem como ficar ruim! Não é mesmo?

Assim, que tal testar você também? Aí vai a receita desse sanduíche quente de forno:

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